Por Priscila Rocha 

O Cemitério do Rosário, localizado na rua Padre Daniel Nascimento Lindo, voltou a ser ponto de tráfico de drogas.

Em maio de 2017, o problema foi abordado pelo Últimas Notícias  e segundo os moradores do bairro, após a veiculação da matéria, a movimentação de usuários de drogas diminuiu no local, mas um ano depois o problema voltou a ocorrer.

O cemitério não tem muros na parte de trás e, segundo os moradores, este é um dos motivos de o local ter se tornado ponto de tráfico. “Por não ter muro nos fundos, o local se tornou uma ligação entre os bairros Rosário e Lajinha. E esta passagem facilita o tráfico de drogas. Como não há muito movimento de pessoas dentro do cemitério, os usuários fazem uso de drogas lá mesmo”, informou um morador ao UN, que preferiu não se identificar por medo de represálias. Atitude seguida pelos demais moradores ouvidos pelo portal.

Ao serem indagados pela reportagem sobre a ação da Polícia Militar para coibir o tráfico de drogas na região, os moradores disseram que, devido à localização do cemitério, os usuários conseguem ver a aproximação dos policiais e fogem. “Quando a Polícia entra no local não tem ninguém, todos se escondem e voltam depois que os policiais vão embora”.

Ainda segundo os moradores, eles já solicitaram à Prefeitura a construção do muro no local. “Fomos na Prefeitura pedir a construção do muro, recorremos a alguns vereadores para intercederem por nós, um deles disse que cobraria a Prefeitura durante reunião ordinária, o que não passou de promessa. Enquanto isso somos obrigados a mudar o caminho para não passar em frente ao local”.

O tráfico de drogas ocorre mesmo à luz do dia. Moradores, em especial os jovens, são constantemente abordados por pessoas oferecendo drogas. “Isto sem contar com o alto número de roubos no local”, disse uma moradora.

Ao UN a Prefeitura informou que é inviável a construção de um muro. “De acordo com o secretário de Desenvolvimento Humano, Jaderson Teixeira e com o responsável pelos cemitérios, João Carlos, é inviável a construção do muro, porque prejudicaria a própria comunidade que usa o local como passagem de um bairro para outro. Em relação ao tráfico, João ressaltou que há policiamento diário e noturno no cemitério”, informa a nota da Prefeitura.

Outra questão que tem preocupado os moradores é o número de bares ilegais na via. “O Ministério Público notificou os donos desses bares. Eles foram fechados, mas por falta de fiscalização, foram reabertos pouco tempo depois. Esses estabelecimentos vendem bebidas alcoólicas para menores, além de colaborarem com o tráfico de drogas”, disse uma moradora.

Ainda segundo a nota da Prefeitura: “sobre a questão dos bares, o secretário de Planejamento e Regulação Urbana, Rômulo Cabral, disse que não chegou ao conhecimento dele que há bares ‘clandestinos’ funcionando no local”.

 

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