Um estudo realizado pela Faculdade de Odontologia da USP revelou que mais de 90% dos traumas dentários sofridos por crianças em idade pré-escolar não passam por nenhum tipo de tratamento. De acordo com a pesquisa, os pais não procuram o dentista por acreditarem que a fratura não traz grandes consequências, o que está totalmente errado.
Os pesquisadores examinaram mais de 3.200 crianças, de cinco meses a cinco anos de idade, em Diadema (Grande São Paulo). Em 2002, 9,4% delas tinham sofrido algum trauma dentário. Dois anos depois, eram 12,9%, e, em 2006, 13,9%.
Dependendo do impacto, o dente pode quebrar, deslocar ou ser expulso da boca. Em casos mais graves, o dente permanente, que está em formação nessa idade, também pode ser afetado e até perdido. A fratura mais frequente, no entanto, ocorre no esmalte e, às vezes, também na dentina (camada abaixo do esmalte). Nesses casos, a restauração é um processo simples.
Para tentar evitar que as crianças passem por esses problemas, os pais podem adotar algumas medidas simples de prevenção, no dia a dia, como usar sempre o cinto de segurança junto com os assentos especiais obrigatórios na hora do transporte dos pequenos, orientar para utilização do protetor bucal e capacete para andar de bicicleta, além de observar os tipos de materiais utilizados nos brinquedos em praças e parques, que devem optar por itens em borracha e silicone. Em casa, opte por poucos móveis e assoalhos emborrachados, para tornar o ambiente mais seguro.

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