Buscando novos materiais para uso na biomedicina, o estudante de física da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Anderson Caires desenvolveu um bem-sucedido método de síntese, caracterização e biofuncionalização dos nanorods de ouro, nanoestruturas em formato de bastões.

O material desenvolvido pode ser utilizado no diagnóstico de doenças e para auxiliar na criação de vacinas, uma vez que é possível ligar os nanobastões a proteínas.

O estudo de Caires, orientado pelo professor Luiz Orlando Ladeira, foi premiado na Second Frontiers of Microscopy Virtual Conference, promovida pela publicação ?Elsevier?, no início deste mês. ?Esse nanomaterial já existe, mas é difícil de ser sintetizado. Trata-se de nanopartículas de ouro em formato de bastão, como se fossem cilindros nanoscópicos?, explica Caires à Agência UFMG. Segundo ele, os nanorods apresentam propriedades que os diferenciam dos outros nanomateriais usados na medicina.
?Além da baixa toxicidade, os nanorods têm propriedades ópticas diferenciadas e são mais facilmente absorvidos por tecidos e células doentes do corpo. O formato diferenciado, em forma de bastão, também permite reações e ligações diferentes das de um nano-objeto cujo formato seja esférico, por exemplo?, aponta.

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