A Unimed de Belo Horizonte (Unimed-BH) divulgou, nessa segunda-feira (13), uma nota em que pede desculpas por ter comemorado a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) – o rol taxativo – que desobriga os planos de saúde a liberar e custear tratamentos não estipulados em lista de cobertura estabelecida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

O texto divulgado pela empresa dizia que a decisão era um “super, mega, hiper sucesso da operadora”. O comunicado ainda afirmava que “a guerra não acabou, nossa batalha continua e queremos cada dia mais mostrar ao Judiciário que o rol da ANS é taxativo (…) Seguimos firmes, fortes e felizes. Afinal, mar calmo nunca fez bom marinheiro!! Nosso exército é completão”.

A Unimed-BH esclarece que o material não foi divulgado pelos canais oficiais da Comunicação Corporativa, deixando claro que “partiu de uma iniciativa isolada de uma área interna administrativa – sem alinhamento e aprovação institucional – e que não representa, em hipótese alguma, a forma como conduzimos o nosso trabalho”.

A decisão do STJ, divulgada na última quarta-feira (8), afeta milhões de usuários de planos e é favorável somente às empresas que atuam no setor. Um dos procedimentos mais afetados tem sido o tratamento para crianças com transtorno do espectro autista (TEA), já que muitas terapias não constam na lista da ANS.

O comunicado da Unimed-BH ‘comemorava’ ter sido desobrigada a custear os tratamentos para crianças com o transtorno. “Alcançamos diversas sentenças favoráveis […] que julgaram totalmente improcedente os pedidos dos autores, afastando a obrigatoriedade do custeio dos tratamentos para os casos de transtorno do espectro autista […], além de medicamentos nacionais e importados”, dizia o documento.

A cooperativa acrescenta que está tomando as “medidas cabíveis” quanto aos profissionais envolvidos, mas não informou quais serão as medidas.

“A cooperativa preza pelo cuidado com a saúde de todos os seus clientes e esse é o propósito e compromisso que deve guiar sua equipe de trabalho”, disse em nota.

Fonte: Estado de Minas

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