Esta sexta-feira (31) é o último dia para os integrantes do grupo prioritário terem exclusividade ao procurar uma unidade de saúde e se vacinar contra a gripe. A partir da segunda-feira (3), as doses restantes estarão disponíveis para toda a população.

Fazem parte do público-alvo da Campanha Nacional de Vacinação: gestantes, puérperas, crianças entre 6 meses a menores de 6 anos, idosos, indígenas, professores, trabalhadores de saúde, pessoas com comorbidades, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade. Até a quarta-feira (29), 44,6 milhões de pessoas já haviam se protegido contra a doença – 75% do grupo prioritário.

A meta do Ministério da Saúde é atingir 90% do público-alvo, que representa 59,4 milhões de pessoas. Apenas dois estados bateram a meta: Amazonas (94,4%) e Amapá (94,7%).

Para Juarez Cunha, médico pediatra e presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), a baixa adesão em alguns estados não tem relação direta com o horário da abertura das unidades de saúde e sim com o fato de as pessoas não estarem com receio de pegar a gripe.

 

“Não é um problema de horário, de atendimento. Já tivemos campanhas com mais de 90% de cobertura com o horário que atualmente é o mesmo. O principal fator é que as pessoas só se mobilizam quando começa a ter uma movimentação na mídia informando esses casos de doenças, em número e em casos mais graves.” – Juarez Cunha, presidente da SBIm

O médico lembra que há uma “falsa segurança” de que a doença é leve. “As pessoas às vezes ficam achando que o quadro gripal não complica, não leva à morte. Mas pode sim complicar e levar à morte”, afirma.

Casos de gripe

Até 11 de maio, foram registrados 807 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grace (SRAG) devido ao vírus influenza em todo o país. Foram 144 mortes no mesmo período, sendo que o subtipo predominante é o influenza A (H1N1), responsável por 407 casos e 86 óbitos do total.

 

 

Fonte: G1||

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