O aposentado João Luís de Faria Filho, de 74 anos, é a mais nova vítima dos problemas com o transporte de pacientes em Formiga.
Nessa terça-feira (18), ele deveria ir até Belo Horizonte, onde apresentaria exames que custaram mais R$2 mil, feitos na rede privada de saúde, e pagos por seu João. Caso tudo estivesse favorável, ele seria imediatamente internado para passar por um procedimento para a retirada de água de uma hérnia próxima à virilha.
O transporte, até o hospital Alberto Cavalcante, deveria ser providenciado pela Secretaria Municipal de Saúde. Conforme combinado, seu João e outra paciente, que está com vários pontos abertos na cabeça, deveriam aguardar em um ponto do bairro Água Vermelha, onde o veículo da secretaria os pegaria às 9h, desta terça-feira.
No horário combinado, veio a ligação apenas para a senhora, informando que o carro da Prefeitura estava quebrado e que nada poderia ser feito. Segundo seu João, a mulher ainda tentou argumentar que não havia possibilidade de perder a consulta, devido a gravidade do problema (pontos abertos), mesmo assim nada foi resolvido.
?Pra mim mesmo, eles não comunicaram nada. Quando vi que iam mesmo cancelar, fui lá na secretaria e me falaram que vão ligar lá (no hospital) na semana que vem tentando remarcar, mas nem sabem se vai ser por esses dias ou daqui muitas semanas? disse seu João, que espera fazer esse procedimento para poder operar o rim, outro problema de saúde, esse bastante grave que vem enfrentando. ?O médico já disse que primeiro eu tiro a água da hérnia, logo depois tenho que operar o rim. Eu só tenho um rim e não posso deixar o tempo passar, porque meu problema é sério!?, contou o aposentado, que já passou por três cirurgias.
Sem respostas da nova data para a realização do procedimento, o paciente teme ter que refazer todos os exames. ?Já gastei dinheiro demais, e se eles não remarcarem logo, não sei o que vou fazer?, encerrou o aposentado, que espera ajuda seja de quem for para ver seu problema solucionado.
Nossa equipe entrou em contato com a Secretaria de Comunicação para saber detalhes do problema com o veículo e qual atitude seria tomada para não lesar, ainda mais, os pacientes, porém nenhuma resposta foi dada.

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