A Polícia Federal (PF) e a Vigilância Sanitária apreenderam 16 toneladas de queijo com embalagem adulterada em Uberaba (MG). O dono da empresa escondia o prazo de validade vencido para enganar quem ia ao supermercado. A fraude com alimentos mobilizou consumidores e autoridades para tentar coibir outras fraudes em produtos de largo consumo.
Agora é a vez de o queijo virar caso de polícia no Triângulo Mineiro. Dezesseis toneladas do produto foram apreendidas em um depósito clandestino em Uberaba.
A fraude, por enquanto, era o uso indevido de selo da administração pública. A polícia chegou ao depósito clandestino por meio de denúncias anônimas. O queijo tipo mussarela era estocado em uma câmara fria improvisada. As 16 toneladas apreendidas eram sete marcas ? seis de Goiás e uma de Minas Gerais.

Selo de inspeção
Segundo a Vigilância Sanitária, três das marcas apreendidas tinham o selo de inspeção federal do Ministério da Agricultura e poderiam ser comercializadas em todo o país. As outras quatro tinham apenas o selo de inspeção estadual, o que significa que só poderiam ser vendidas no estado de origem, ou seja, Goiás.
O depósito não tinha autorização para funcionar da Receita Estadual e da Vigilância Sanitária, e nem nota fiscal da mercadoria. Muitas das peças apreendidas estavam vencidas desde julho, ou com a embalagem aberta.
Três pessoas foram presas. Os depoimentos à polícia só terminaram de madrugada. Um dos suspeitos confirmou que a movimentação no depósito quase sempre acontecia na calada da noite.
A polícia investiga agora há quanto tempo o depósito funcionava e onde o queijo era vendido. Os acusados podem pegar de dois a seis anos de prisão.

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