A votação do projeto que impede a candidatura de políticos com ficha suja foi mais uma vez adiada na Câmara dos Deputados. O projeto não obteve o apoio necessário entre os líderes partidários para ser votado na sessão desta quarta-feira (7), e só deverá voltar ao plenário no próximo mês.
Na reunião do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), com os líderes partidários ficou definido que a proposta será remetida para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que terá o prazo até o dia 29 de abril para analisar o projeto.
Entidades dizem que vão manter pressão
Diante do adiamento da votação em plenário do projeto, as entidades que defendem sua aprovação começam a se mobilizar para exercer pressão sobre os membros da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Ao mesmo tempo, se preparam para negociar com o Senado para evitar novas emendas após a aprovação pela Câmara.
Partidos da base aliada do Planalto mandaram para a geladeira, ontem, o projeto de lei que impede a candidatura de políticos com ficha suja. A votação foi adiada para a primeira semana de maio. A negativa dos líderes em pedir urgência para o projeto obrigou que sua análise seja feita pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Com o atraso, é praticamente impossível que o impedimento para os políticos condenados por órgão colegiado se candidatar tenha validade para as eleições de outubro.
O coordenador político do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), Francisco Whitaker, não vê como derrota a não-aprovação, ontem, do pedido de urgência urgentíssima para o PLP 518/09, que institui a obrigação de ficha limpa para políticos.
Na verdade, mandar o projeto para a CCJ foi um meio-termo. Se fosse aprovada a urgência urgentíssima seria um resultado fantástico, muito além do que esperávamos, disse Whitaker. Segundo ele, o adiamento permitirá que o MCCE tenha mais tempo para convencer os parlamentares a aprovarem o projeto. As informações são do jornal

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