A partir desta segunda-feira (12) o Supremo Tribunal Federal (STF) será presidido pela ministra Rosa Weber. Ela é a terceira mulher a ocupar o cargo mais alto do Poder Judiciário, depois das ministras Ellen Gracie (aposentada) e Cármen Lúcia.

A ministra vai assumir a cadeira até então ocupada por Luiz Fux. Na solenidade, são esperadas homenagens para a ministra, conhecida por sua discrição e perfil de colegiado. O pronunciamento em nome do tribunal vai ser feito pela ministra Cármen Lúcia, de quem é amiga.

Rosa Weber também assumirá a presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e ficará nos postos até outubro de 2023, quando completará 75 anos e terá de se aposentar compulsoriamente. A idade é limite para atuação no serviço público.

O ministro Luís Roberto Barroso será empossado como vice-presidente. Rosa Weber e Barroso já trabalharam juntos no TSE. A cerimônia de posse dos dois no STF está prevista para às 17h e tende a estar cheia.

São esperados 1.300 convidados, entre chefes de Poder, presidentes dos tribunais superiores e candidatos à Presidência da República. Até agora, apenas o candidato Ciro Gomes (PDT) confirmou presença.

Apenas 350 pessoas podem entrar no Plenário da Corte e, diferente de outros ministros, a programação de Rosa Weber não inclui coquetel após a cerimônia.

O tribunal prevê a duração de 1h30 e depois os ministros recebem os tradicionais cumprimentos no salão branco do tribunal. O evento é transmitido pela TV Justiça e pelo canal do STF no Youtube.

Perfil da ministra

A ministra Rosa Weber é gaúcha de Porto Alegre (RS) e especialista na área trabalhista. Começou na magistratura em 1976, como juíza do Trabalho, e depois integrou o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS), onde também foi presidente de 2001 a 2003.

De 2006 a 2011, exerceu o cargo de ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST), até ser nomeada para o Supremo Tribunal Federal. Foi empossada ministra em dezembro de 2011.

Em 2018, a ministra estava à frente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante a eleição, marcada pelo compartilhamento e impulsionamento de notícias falsas. A própria ministra já vinha sendo alvo de ofensas e ataques. Lá, Rosa Weber foi a primeira mulher a conduzir um processo de eleições gerais no país.

Rosa é conhecida pela discrição de quem não costuma dar entrevista e se manifesta nos autos, além de ser técnica e defender o princípio da colegialidade – o caso mais notório foi o do Habeas Corpus ao ex-presidente Lula (PT) em 2018.

 

 

Fonte: O Tempo

COMPARTILHAR: