“Bolsonaro e cia se vitimizando porque foi notificado por um oficial de Justiça na UTI. Por mais inusitado que pareça, o STF fez a coisa certa. Se o ex-presidente, na véspera, participou de uma live com os filhos para vender capacetes (?), e se deu uma entrevista na antevéspera — do leito da UTI — por que não poderia receber uma intimação?

Independentemente de ter, de fato, sofrido uma cirurgia delicada, vai ficar claro que Bolsonaro pretende usar isso p/ se colocar como vítima e retardar o processo.

É bom lembrar que os prazos já estão apertados para um julgamento este ano — e uma protelação para 2026 pode inviabilizá-lo antes da eleição.”

Fonte: Jornalista Helena Chagas.

Bolsonaro é uma triste figura pitoresca, que se daria bem em algum circo mambembe. Não parece que esteja dodói nem que tenha sofrido cirurgia, tal foi a sua brabeza possessiva, no leito do hospital, ao recepcionar um Oficial de Justiça, que exerceu o seu trabalho. Sobrou até repreensão aos que estavam presentes na sala do hospital. Com efeito, a sua deselegante incivilizada extrapola os limites.

E vejam só a pachorra do ex-presidente, além de fazer toda aquela encenação para sensibilizar a sua plateia de obscurantistas, Bolsonaro bradou, do leito hospitalar, que o Brasil precisa muito dele e que por isso os seus adversários querem vê-lo na prisão.

Ora, direi: Bolsonaro perdeu o senso do ridículo. Delira diuturnamente. Lembra o Dom Quixote, o Cavalheiro da Triste Figura, embriagado de fantasia alucinante para enfrentar os moinhos.

O Brasil não precisa de nenhum político ou de ex-político para nada. O Brasil precisa de um representante de caráter, que respeite a República e o seu povo; que tenha compromisso inarredável com a erradicação da miséria e não engane os desassistidos com promessas irrealizáveis; que se preocupa com as áreas da saúde, educação e segurança pública, assim como o desenvolvimento do país.

Lembrando aqueles esnobes e imodestos, que se consideravam úteis e insubstituíveis, que nos cemitérios das cidades jázem putrefatos uma profusão de ex-políticos, apegados ao poder, e que se rotulavam úteis e insubstituíveis.

 

 

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