O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), indicou a aliados que pretende discutir uma proposta de redução de pena para os envolvidos nos atos de 8 de Janeiro, em vez de apoiar uma anistia “ampla, geral e irrestrita”. A sinalização ocorreu durante reunião de líderes partidários, na qual Motta anunciou que pautará o pedido de urgência do projeto de lei da anistia no plenário nesta quarta-feira (17).

Segundo informações divulgadas pelo portal Metrópoles, tanto o governo quanto a oposição iniciaram a contagem de votos individualmente para avaliar os possíveis resultados da votação. O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), encomendou um estudo técnico à equipe legislativa. Por sua vez, o governo realiza reuniões estratégicas sob a coordenação da ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

O texto defendido por Motta se assemelha à proposta articulada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que se opõe à inclusão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na anistia. Alcolumbre busca construir um projeto que apenas reduza as penas dos condenados pelos ataques à Praça dos Três Poderes, sem abrir margem para beneficiar Bolsonaro, condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe.

A movimentação indica uma tentativa de conciliar pressões políticas com os limites legais impostos pelo STF, que já se posicionou contra uma anistia irrestrita.

Com informações do Metrópoles

 

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