O Brasil encerrou o ano de 2024 com um rebanho bovino 12% maior do que sua população. Os dados são da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), divulgada na última quinta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa anual detalha os números da produção de alimentos de origem animal e os rebanhos em todo o país.
Segundo o levantamento, o Brasil somava 238,2 milhões de bovinos no ano passado, enquanto a população estimada era de 212,5 milhões de pessoas. Apesar de o total de bois e vacas ser o segundo maior da série histórica iniciada em 1974 — perdendo apenas para 2023 —, houve uma queda de 0,2% em relação ao ano anterior. A redução foi atribuída ao ciclo pecuário, marcado pelo aumento no abate de fêmeas nos últimos anos. O município com maior número de bovinos continua sendo São Félix do Xingu, no Pará.
No caso das aves, o número é ainda mais impressionante. O Brasil registrou um rebanho de 1,6 bilhão de galináceos, principalmente frangos e galinhas — quase oito vezes mais do que o número de habitantes. Esse total representa um crescimento de 1,7% em relação a 2023, com um acréscimo de 26,8 milhões de aves. Apenas o grupo de galinhas alcançou 277,5 milhões, um aumento de 6,8% em relação ao ano anterior. O município capixaba de Santa Maria de Jetibá lidera a criação de galinhas no país.
A produção de ovos também atingiu um novo recorde: foram produzidas 5,4 bilhões de dúzias, o equivalente a 64,8 bilhões de unidades, ou aproximadamente 305 ovos por habitante. O crescimento foi registrado em 24 das 27 unidades da federação, consolidando a atividade como uma das mais dinâmicas da pecuária brasileira. Santa Maria de Jetibá, que já lidera a criação de galinhas, também se destaca como o principal polo produtor de ovos do país, sendo reconhecida como “a capital do ovo”.
Os dados da PPM 2024 reforçam a relevância do Brasil como potência agropecuária e mostram que, mesmo com oscilações pontuais, a criação de animais continua em expansão — especialmente no setor avícola, que segue quebrando recordes de produção.
Com informações do G1 Centro-Oeste