O dólar iniciou esta quinta-feira (25) em queda de 0,26% frente ao real, cotado a R$ 5,31, em um dia marcado por divulgações importantes na agenda econômica brasileira e internacional. O movimento ocorre após a moeda americana ter registrado uma alta significativa de 0,90% na véspera, quando encerrou o dia cotada a R$ 5,32.
No cenário doméstico, o destaque do dia foi a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial do país. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA-15 subiu 0,48% em setembro, após ter recuado 0,14% em agosto. Apesar da aceleração, o resultado veio abaixo da expectativa do mercado, que projetava alta de 0,52%.
Os chamados “núcleos” da inflação — que desconsideram itens com preços mais voláteis — também surpreenderam para baixo: a mediana das projeções era de 0,24%, mas o índice ficou em 0,19%. A leitura abaixo do esperado pode reforçar as expectativas de continuidade no ciclo de cortes da taxa Selic.
Ainda nesta quinta-feira, o Banco Central divulga o Relatório de Política Monetária, documento que costuma influenciar as projeções do mercado sobre os rumos da política de juros no país nos próximos meses.
No ambiente externo, os investidores aguardam a divulgação dos dados do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre dos Estados Unidos, além das falas de sete dirigentes do Federal Reserve (Fed), o banco central americano. As atenções estão voltadas para possíveis sinais sobre novos cortes na taxa de juros dos EUA ao longo de 2025.
Neste mês, o Fed reduziu sua taxa básica em 0,25 ponto percentual, para o intervalo entre 4% e 4,25%. No entanto, o discurso recente do presidente da instituição, Jerome Powell, feito na terça-feira (23), gerou cautela no mercado. Ao se mostrar reticente quanto a novas reduções, Powell contribuiu para uma valorização global do dólar.
Com todos esses dados em jogo, o comportamento do câmbio nesta quinta-feira reflete tanto a resposta imediata às informações locais quanto a expectativa pelos desdobramentos da política monetária americana.
Com informações do Metrópoles