O primeiro-ministro da França, Sébastien Lecornu, renunciou ao cargo na manhã desta segunda-feira (6), menos de um mês após ter sido nomeado. A decisão foi confirmada pelo Palácio do Eliseu, e o presidente Emmanuel Macron já aceitou o pedido de renúncia. A saída repentina de Lecornu aprofunda a crise política enfrentada pelo governo francês durante o segundo mandato de Macron.
Lecornu foi nomeado primeiro-ministro em 9 de setembro, sucedendo François Bayrou, que também havia renunciado após nove meses no cargo. Ele se tornou o quinto chefe de governo no segundo mandato de Macron, iniciado em 2022, em meio a um cenário político marcado por instabilidade e tensão entre diferentes forças do Parlamento.
A renúncia ocorre apenas um dia após o anúncio do novo gabinete de ministros por Lecornu, que já havia provocado críticas tanto de aliados quanto de opositores. Estava prevista para esta segunda-feira a primeira reunião do novo gabinete, e para terça-feira (7), a apresentação da declaração de governo de Lecornu à Assembleia Nacional.
A saída repentina de Lecornu levanta novas incertezas no cenário político francês e reforça as dificuldades enfrentadas por Macron para consolidar sua base de apoio. A instabilidade se intensificou após a decisão do presidente de convocar eleições parlamentares antecipadas em 2024, medida que ampliou as divisões no Parlamento e gerou descontentamento dentro e fora do governo.
A renúncia de Sébastien Lecornu, após menos de um mês no cargo, é mais um episódio da crise política que marca o segundo mandato de Emmanuel Macron. A falta de consenso interno e o desgaste nas relações com o Legislativo continuam a desafiar a governabilidade do presidente francês. Com a saída de Lecornu, Macron precisará, mais uma vez, buscar um nome de consenso para liderar o governo em um momento de crescente tensão política no país.
Com informações do IstoÉ