A cantora Juliette Freire, 35 anos, usou suas redes sociais para se posicionar sobre a violência contra a mulher, após a morte de sua amiga Clarissa Costa Gomes, ocorrida em julho deste ano em Fortaleza (CE). O principal suspeito do crime é o ex-namorado da vítima, que está preso preventivamente desde o dia 9 de julho e será ouvido em audiência de instrução nesta quarta-feira (29). Ele foi denunciado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) por feminicídio.
Crime brutal e denúncia por feminicídio qualificado
Clarissa, de 31 anos, era enfermeira no Hospital Geral de Fortaleza e no Hospital Dr. César Cals, dois dos principais centros médicos da capital cearense. Ela foi assassinada com 34 facadas na casa onde morava com a mãe. Segundo informações da emissora local Verdes Mares, horas antes do crime, Clarissa enviou uma mensagem pedindo socorro a uma amiga.
O Ministério Público solicita que o acusado seja levado a júri popular e julgado por feminicídio qualificado, com agravantes como motivo torpe — por não aceitar o fim do relacionamento —, uso de meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Juliette lamenta perda e cobra conscientização
Em seu perfil, Juliette compartilhou sua dor e indignação com o caso. “Sei que nada trará minha amiga de volta, mas quero que ela saiba que ela nunca esteve sozinha. O luto agora é luta”, escreveu.
A artista também refletiu sobre os sinais de violência que podem passar despercebidos. “Eu não paro de pensar um dia sequer em como a gente não viu os sinais. Por que ela não pediu ajuda? Eu me sinto impotente”, desabafou.
Juliette aproveitou a ocasião para citar outros casos recentes de violência doméstica no Brasil. “Sessenta socos dentro de um elevador, menina de 11 anos morta no banheiro da escola. Não para. A cada seis horas uma mulher é vítima de feminicídio no Brasil.”
Mobilização e denúncia
A ex-BBB afirmou que está se dedicando a estudar o tema para compreender melhor o cenário da violência contra a mulher. “Não sei qual é a solução, mas vou buscar com todas as minhas forças”, declarou. E concluiu com um apelo: “Não deu tempo para a Clarissa, mas ainda há tempo para você. Ligue 180, denuncie.”
Com informações do O Tempo










