É bem provável que, em breve, o eleitorado formiguense será convocado a se pronunciar sobre uma importante questão que, se bem conduzida, poderá resolver um problema que há longas décadas nos prejudica: a pouca participação na destinação de recursos, as conhecidas verbas parlamentares e outras mais, simplesmente porque nos falta uma representatividade direta, mais efetiva, nos parlamentos mineiro e federal.

É óbvio que diferentemente de outros municípios que dispõem de representantes em tais casas, como exemplo a vizinha Divinópolis, os recursos públicos que nos são aportados, medidos em reais, são zilhões de vezes inferiores aos deles. E assim sendo, investimentos em obras de saneamento e outras, ou recursos destinados a importantes áreas como: saúde, educação, infraestrutura ou mesmo em projetos sociais, são minguados e aqui chegam, se comparados com os que se destinam a outros municípios, – repetimos, em especial àqueles que contam com as tais representações –, como uma espécie de migalhas ou sobras do bolo que eles, os outros municípios, abocanham.

Esta semana nossa reportagem apurou e confirmou que o prefeito Eugênio Vilela, após análises de dados estatísticos trazidos por uma pesquisa, foi apontado como sendo, atualmente, a maior liderança da região e que, portanto, ele tem grandes chances de ser eleito como ocupante de uma cadeira na Assembleia Legislativa.

É óbvio que isto despertou em Brasília, a atenção dos políticos e, ao que apuramos, veio de pronto, o convite do senador Rodrigo Pacheco para que Eugênio se junte ao grupo a que pertence, colocando-se à disposição, na condição de candidato desta importante região do Estado.

No primeiro momento, conforme noticiamos, o prefeito, é claro, não descartou o convite mas, cauteloso, com sempre, nos informou que estudaria com cuidado o assunto junto ao grupo que compõe seu governo e a outras lideranças das cidades vizinhas e, como não poderia deixar de ocorrer, analisando o que pensa a própria população que o elegeu como primeiro mandatário deste município.

A decisão de Eugênio, se encontrar o respaldo necessário para se candidatar, implicará em atender a legislação eleitoral e a este respeito, é sabido que ele terá prazo curto para tomar outra importante decisão, pois, neste caso, deverá renunciar a seu cargo no máximo em abril.

Não será esta a primeira vez que o município de Formiga tenta emplacar um candidato capaz de vencer o pleito e representá-lo no Legislativo estadual. Aliás, o último representante formiguense que lá esteve, foi Eduardo Brás, cujo mandato terminou em 1995.

De lá para cá, o que a população formiguense assistiu foi uma verdadeira corrida ao pote, onde candidaturas com alguma possibilidade de chance foram derrotadas em razão de jogadas políticas onde o interesse municipal acabou sendo sobreposto por outros, individuais ou não, de políticos que, eleitos ou não, se assim agiram, tiveram algumas motivações que aqui não nos cabe comentar,  mas que, sem sombra de dúvidas, deram causa ao abandono a que fomos submetidos, nesta questão de participação mais efetiva na distribuição de recursos que tínhamos e  temos sim, direito de pleitear.

O mínimo que se espera agora, diante do acima exposto é que as nossas lideranças, em especial as políticas, entendam que estes 27 anos de jejum, por incompetência nossa, prejudicaram e muito, a esta cidade!

É só por isto que afirmamos: a hora é agora!

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