Mais dois homens suspeitos de torturar e matar uma adolescente de 17 anos no Alto das Antenas, na região do Barreiro, em Belo Horizonte, foram presos pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) nessa quinta-feira (6 de fevereiro). Em entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira (7 de fevereiro), a instituição informou que, após um ano de investigação, concluiu o inquérito, e que oito suspeitos pertencentes ao ‘tribunal do crime’ participaram da morte da jovem. Dois já haviam sido presos, dois ainda são foragidos e outros dois menores já foram identificados.
De acordo com o delegado Matheus Marques, da 2ª Delegacia de Homicídios do Barreiro, o motivo do assassinato foi uma falsa denúncia de estupro que a adolescente teria feito a um morador da região, na tentativa de tirar o foco dos suspeitos sobre ela, já que a jovem teria consumido drogas que pertenciam aos suspeitos e que deveriam ser vendidas – ação que no mundo do tráfico é conhecido como “derrame”.
“A vítima integrava a organização criminosa, contudo, deixou de repassar os valores auferidos ao gerente do grupo criminoso. Com a falsa denúncia, os traficantes da região chegaram a espancar o acusado, mas depois perceberam que havia um equívoco. De dentro da prisão, dois dos envolvidos fizeram uma vídeo chamada e acordaram de punir a jovem”, ressaltou o delegado.
Conforme as investigações, a adolescente foi atraída até o alto do Morro das Antenas, onde foi torturada com golpes de facão nos joelhos e cotovelos e, na sequência, sofreu um golpe fatal no pescoço que, segundo o delegado, resultou em uma ‘quase decapitação’.
Segundo a PCMG, após o crime, o homem acusado injustamente de estupro saiu da comunidade. Já a mãe da jovem foi expulsa do local e teve seu imóvel tomado e revendido a terceiros por parte dos traficantes.
Fonte: Por Raquel Penaforte/O Tempo