Na quarta-feira (22), fomos surpreendidos com o contido em uma Nota de Esclarecimento originada no Poder Legislativo desta cidade.

Em seu título afirma que: Câmara jamais pediria ao prefeito cometer ato de improbidade administrativa.

Isto em contraposição ao título da matéria que o portal Últimas Notícias publicou informando sobre o resultado de uma reunião havida entre o Legislativo, Executivo e membros do funcionalismo público, interessado em entrar no rateio das sobras do Fundeb-70, que assim dizia: Câmara “sugere” que prefeito cometa ato de improbidade administrativa.

Importante lembrar aqui que nos baseamos em um release enviado pela administração municipal à imprensa e em informações outras obtidas junto a servidor (a) que participou da reunião solicitada pela CÂMARA e que se realizou com a presença dos 10 vereadores que a compõem e alguns representantes do funcionalismo público.

Pareceu-nos evidente que os assuntos ali tratados não tiveram o cunho pessoal de um ou outro vereador e sim, do Legislativo.

Quanto à análise do mérito se haveria ou não o cometimento de crime caso a sugestão viesse ou venha a ser posta em prática, disto não tratamos: limitamo-nos a descrever as falas do prefeito a respeito, justificando o não atendimento do pleito apresentado, repetimos pelo Legislativo, ali presente em sua totalidade.

Importante também frisar que este assunto foi tratado em conturbada reunião, esta realizada na segunda-feira (20), a qual contou com a pressão de dezenas de funcionários e que, serviu, como de praxe para algumas manifestações de vereadores (não de todos), de forma nitidamente tida como sendo de manifestação de cunho político.

E assim sendo, sugerimos que o leitor recorra à gravação da mesma disponível no YOUTUBE.

Acresça-se a estas informações o fato de que, na tarde do mesmo dia, logo após o término da reunião, a redação do jornal tentou, na Câmara, por meio do telefone oficial, 3329-26-00, falar com vereadores ou com o Departamento de Comunicação do Legislativo, não obtendo êxito. 

Portanto, a afirmação na resposta da Câmara de que o UN não ouviu, como de praxe, uma das partes, no caso a Câmara, não procede.

Também a guisa de informação e em nome da verdade registramos que às 17h54, de terça-feira, o presidente do Legislativo ligou e reclamou da informação divulgada. Afirmou que a Câmara não poderia ser responsabilizada pela apresentação da tal sugestão, e concluiu informando que a proposição era da autoria do vereador Cid Corrêa.

Pois bem: a pergunta que não quer calar é: se a reunião com o prefeito foi solicitada pela Câmara e tinha como objetivo, exatamente encontrar solução para atender o funcionalismo municipal ligado à área da Educação como um todo, há como dizer que a proposta lá discutida não era da vontade de todos os componentes do Legislativo?

A suspensão da reunião na segunda-feira, para que se conseguisse a discussão entre os dois Poderes, foi ou não informada aos reclamantes presentes na Câmara, como sendo um gesto em busca de atendê-los? Foi ou não para valer?

Pelo sim pelo não, a matéria divulgada pelo UN exatamente às 16h44 na terça-feira, está aí transcrita na página 05 da edição do jornal, assim como a nota de esclarecimento da Câmara, e a parte do release da Prefeitura, alterado e a nós encaminhado às 18:56 do mesmo dia.

Concluindo, reafirmamos que a nós, imprensa, cabe apenas informar e se possível, com a rapidez e a segurança sempre recomendáveis ouvindo as partes envolvidas. Mas, muitas vezes, e nos parece, foi este o caso, isto nem sempre é possível, por razões alheias à nossa vontade de a exiguidade do tempo que deve decorrer entre o fato e sua divulgação.

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