Após pronunciamento feito na manhã desta segunda-feira (29) pelo governador Antonio Augusto Anastasia (PSDB) na Cidade Administrativa, nada mudou para os professores. Depois de 83 dias de paralisação das escolas estaduais, o governador exaltou as conquistas do Governo, e alfinetou a posição do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) sobre a greve dos professores. O movimento é o maior do Estado desde 1991, quando a paralisação durou 86 dias corridos.
Acompanhado das secretárias de Educação, Ana Lúcia Gazzola, e de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, Anastasia afirmou que a posição do Estado não muda em nada com relação à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de que o Governo de Minas tem de cumprir o piso nacional da educação de R$1.187,97.
De acordo com o governo, em Minas Gerais, 62% de todo pessoal da Educação optou por permanecer no novo sistema de remuneração por subsídio. Esse sistema mantém também os mecanismos fundamentais da carreira, a progressão e a promoção. A recente decisão do Supremo Tribunal Federal em nada afeta a adoção por Minas e outros estados do sistema do subsídio. Essa nova sistemática, aliás, é a nova forma de ingresso adotada em Minas para os novos profissionais da Educação.
Segundo o governador, a Procuradoria Geral do Estado e o Ministério Público serão consultados para tentar a retomada das negociações de um possível acordo que esteja dentro das finanças do Estado e da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Anastasia minimizou o movimento grevista, dizendo que apenas 1,6% das escolas está totalmente parada e 19% parcialmente. Segundo ele, os alunos não serão prejudicados e que o Governo já está contratando professores substitutos para os alunos do 3º Ano, além de disponibilizar aulas de reforço por meio da Rede Minas.
A Secretaria de Planejamento estuda duas opções de pagamento. A primeira, estabelece o valor que será gasto com os 153 mil servidores da Educação que optaram pelo antigo modelo de salário. A outra seria a estimativa do valor gasto com os 398 mil cargos, com o subsídio proposto como forma de remuneração.
Beatriz Cerqueira, diretora do Sind-UTE questionou também os números de Anastasia. É uma tática dele falar que apenas 1,6% das escolas estão paralisadas. Ao todo, 50% dos professores estaduais de Minas cruzam os braços há 83 dias, disse
De acordo com Emiro Barbini, presidente do Sindicado das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG), desde o início deste mês, cerca de 5 mil alunos migraram das escolas estaduais para a rede privada.

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