A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a fabricação, importação, distribuição, o comércio e uso do produto dietrine em todas as suas denominações (Dietrine Phaseolamin, Dietrine Fimbriata, entre outras). O fármaco é um suplemento para perda de peso, que reduz a digestão de calorias, provocando o emagrecimento. A resolução publicada no Diário Oficial da União vale desde esta quinta-feira (31).
A Anvisa suspendeu fabricação, importação, distribuição, comércio e uso do produto porque ele nunca teve registro junto ao órgão.
Para que um produto seja registrado como medicamento, é preciso que a agência o aprove em relação à eficácia e à segurança do produto. Não se sabe desde quando o dietrine está sendo vendido no Brasil, e acredita-se que ele esteja entrando no país por meio de contrabando.
Segundo especialistas, entretanto, a proibição do emagrecedor em suas diversas denominações não deve causar grande impacto no combate à obesidade. Na realidade, esse medicamento não existe do ponto de vista médico, nunca existiu nas farmácias, explica Airton Golbert, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.
Não é uma medicação que tenha estudos clínicos, acrescenta. O médico acredita que produtos como esses encontrem mercado pela falta de informação dos consumidores. O que acontece é que algumas pessoas que têm dificuldade de emagrecer querem uma pílula mágica. Nós somos contra a automedicação, alerta.
Feijão branco
Segundo o site do produto, o dietrine bloqueia a digestão de carboidratos ao neutralizar a enzima alfa-amilase e, com isso, impede sua absorção pelo organismo. O princípio ativo é a faseolamina, um derivado do feijão branco.
Paralelamente, a Anvisa e a comunidade médica discutem a possível proibição de outros remédios para emagrecer: a sibutramina e as anfetaminas.

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