Desde 30 de abril, Jair Bolsonaro (PL) visitou Minas Gerais nove vezes. Na mesma toada, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passou pelo Estado em maio, junho e agosto, entre cidades do interior e da Grande BH. Diante desses esforços para tentar seduzir o eleitor mineiro, o portal de O Tempo levantou dados para detalhar o segundo maior colégio eleitoral do Brasil. Historicamente, desde 1989, quem triunfou na disputa para o cargo mais alto do país sempre venceu em Minas, Estado visto por muitos como uma síntese do Brasil.

Minas tem, neste ano, 16.290.870 eleitores aptos a votar. Na comparação com 2018, o colégio mineiro mudou consideravelmente: o número de adolescentes de 16 anos mais que dobrou: de 30,6 mil para 63,5 mil eleitores. Entre os de 17 anos, a evolução também chama atenção: 22,4 mil a mais do que há quatro anos, um crescimento de 27%. Os números são da plataforma de dados abertos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A cientista política Juliana Fratini, organizadora do livro “Ideologia: Uma Para Viver”, ressalta a importância do resultado, pois se trata de um contingente de pessoas com pensamento político mais homogêneo do que outras faixas etárias.

“O TSE fez uma ampla campanha para a adesão do título eleitoral por jovens nessa faixa etária, nas redes sociais, rádio e TV aberta e com influenciadores, como Felipe Neto e Anitta, que saíram em defesa do título eleitoral. O uso do TikTok para fazer campanha (também influencia), assim como a efervescência da campanha, que traz uma polarização de ideias. Tudo isso estimula o engajamento dos adolescentes. Em Minas, não é diferente”, afirma.

Fonte: O Tempo

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