A arrecadação do governo federal com o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) somou R$ 60,6 bilhões entre janeiro e setembro de 2025. O valor representa um crescimento de 15,43% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o total arrecadado foi de R$ 52,5 bilhões, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (23) pela Receita Federal.
Somente no mês de setembro, a arrecadação com o IOF chegou a R$ 8,44 bilhões, o que representa um aumento de 33,42% em comparação com o mesmo mês de 2024, quando foram recolhidos R$ 6,33 bilhões. A diferença equivale a cerca de R$ 2,1 bilhões a mais nos cofres públicos.
O IOF, porém, tem sido motivo de tensão política entre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Congresso Nacional. O impasse começou após o governo publicar um decreto que aumentava a taxação do imposto. A medida, alvo de forte repercussão negativa, levou o Executivo a recuar e revogar parte do decreto no mesmo dia.
Além do desempenho do IOF, a Receita informou que a arrecadação total da União — incluindo impostos, contribuições e demais receitas — alcançou R$ 216,7 bilhões em setembro, já considerando a correção pela inflação. No acumulado do ano, entre janeiro e agosto, o governo arrecadou R$ 2,1 trilhões, o melhor resultado desde 2000, tanto para o mês de setembro quanto para o período acumulado.
O detalhamento mensal da arrecadação federal mostra a evolução ao longo do ano:
- Janeiro: R$ 301,2 bilhões
- Fevereiro: R$ 202,4 bilhões
- Março: R$ 209,7 bilhões
- Abril: R$ 247,7 bilhões
- Maio: R$ 230 bilhões
- Junho: R$ 234,6 bilhões
- Julho: R$ 254,2 bilhões
- Agosto: R$ 208,791 bilhões
- Setembro: R$ 216,727 bilhões
Os números reforçam o bom desempenho da arrecadação federal em 2025, impulsionado pelo aumento do IOF e pela recuperação de outras fontes de receita. Apesar do avanço, o tema segue em debate entre Executivo e Legislativo, diante das discussões sobre a carga tributária e o equilíbrio entre arrecadação e estímulo à economia. A Receita Federal deve continuar monitorando os resultados nos próximos meses para avaliar o impacto das medidas fiscais adotadas pelo governo.
Com informações do Metrópoles