Em todo o Estado, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, foram criados, no ano passado, 296.230 novos empregos formais, o que representou um crescimento de 226,9%, em relação ao número de postos de trabalho gerados em 2009. O maior volume de empregos foi criado no setor de serviços com 116.958 postos, seguido pela indústria de transformação com 63.997 e o comércio com 63.871 novas vagas.
Com isso, a procura por documentos como atestado de antecedentes criminais, requisitado pelas empresas na hora da contratação dos novos funcionários, aumentou consideravelmente. Para facilitar para empreendedores e candidatos a emprego, o governo de Minas, por meio de o projeto Estruturador Descomplicar, viabilizou o acesso a esse documento por meio da internet, bastando informar o número da carteira de identidade, nome e data de nascimento do interessado. Esse serviço está disponível também nos totens instalados nas 22 Unidades de Atendimento Integrado (UAIs).
Em 2010, foram emitidos 240.093 atestados de antecedentes nos guichês de todas as UAIs e 244.747 nos totens de autoatendimento, num total de 483.347 atestados. Apenas na UAI da Praça 7, foram emitidos, no ano passado, 93.580 atestados nos guichês e 170.154 através dos totens da unidade. O atestado de antecedentes é também solicitado ao cidadão que deseja prestar concursos públicos ou mesmo visitar presídios.
Entretanto, muitas empresas da capital e do interior de Minas têm recusado os atestados emitidos pelos terminais de autoatendimento das UAIs, por desconfiarem da legitimidade do documento. Esse temor é totalmente infundado, já que o documento é legítimo e legal. Os empresários também têm a facilidade de emitirem o atestado pela internet, no site www.policiacivil.mg.gov.br/atestado ou www.mg.gov.br, sem precisar solicitá-lo ao candidato ao emprego.
Esse atestado é autêntico, possui o logotipo da Polícia Civil, a nomenclatura do Instituto de Identificação, os dados pessoais do solicitante, informações sobre sua situação jurídica e criminal, local, data e chancela com assinatura, nome e cargo do diretor do órgão. Além disso, possui um número de controle para verificação de autenticidade, podendo o interessado digitar esse número e acessar o mesmo atestado de antecedentes impresso. A única diferença entre o documento obtido nos guichês de atendimento e o emitido nos totens é o formato, de tamanho menor, e a cor amarela do papel, que tem padrão típico dos comprovantes de terminais bancários.
O aumento na procura do documento nos guichês das Unidades de Atendimento é em função da maior oferta de empregos e porque empresas da capital e do interior de Minas Gerais têm recusado os atestados emitidos pelos terminais de autoatendimento. Com isso, as pessoas lotam as unidades, gastando tempo e dinheiro com transporte para usar um serviço que pode ser obtido pela internet, sem sair de casa. Optando pelos totens de autoatendimento ou internet, o cidadão não precisa de senha de atendimento, reduzindo bastante o tempo. As pessoas também podem usar os computadores dos Telecentros das UAIs para emitirem o documento sem nenhum custo, podendo inclusive contar com a ajuda de instrutores no caso de alguma dificuldade.
Segundo a diretora do Instituto de Identificação da Polícia Civil de Minas Gerais, delegada Letícia Alessi, o atestado de antecedentes criminais, diferentemente da carteira de identidade, não tem um formato físico definido por lei, podendo apresentar variações na sua forma e maneira de expressar o seu conteúdo, em cada estado brasileiro. Ela destaca que o temor dos empresários em relação ao documento não tem o menor fundamento já que o destinatário do atestado de antecedentes, na maioria das vezes a empresa empregadora, de posse dos dados do candidato ao trabalho, pode, ela mesma, buscar as informações de que necessita diretamente na internet pelo site: www.policiacivil.mg.gov.br, dissipando qualquer dúvida que surgir.

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