O que era para ser mais um vôo de negócios de Pará de Minas para Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, acabou a 80m do topo de uma montanha da Serra do Curral, atrás do parque das Mangabeiras, em Belo Horizonte, ontem de manhã. O avião monomotor Corisco II, da Embraer, prefixo PT-VHK, que levava quatro pessoas, se chocou contra a serra, menos de 10 minutos após decolar do aeroporto da Pampulha. Não houve sobreviventes. A neblina era forte na hora do desastre e as causas do acidente estão sendo investigadas.
As vítimas foram identificadas como sendo o piloto Paulo Sérgio Pagani Vieira Machado, 46, o empresário e também piloto Edward Gomes Moreira Júnior, 39, o empresário Paulo Ribeiro Nunes, 66, e engenheiro mecatrônico Leandro Augusto Lemos Naves, 32. Parentes e amigos do grupo informaram que os quatro estavam a caminho de Juiz de Fora onde iriam tratar de negócios imobiliários. Edward era filho do dono da empresa de ônibus Transmoreira e amigo íntimo do piloto Paulo Pagani, proprietário da empresa Pagani Turismo. O empresário Paulo Nunes era dono de um shopping de carros na capital e levava na viagem o auxiliar Leandro Naves.
De acordo com informações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o avião saiu de Pará de Minas, no Centro-oeste de Minas, e pousou no aeroporto da Pampulha pouco antes das 8h. A nova decolagem em direção a Juiz de Fora, na Zona Mata, aconteceu às 8h44. As informações constam do plano de vôo deixado pelo piloto Paulo Sérgio Pagani Vieira Machado no aeroporto da Pampulha.
O horário em que o monomotor deixou Pará de Minas e o nome dos três passageiros não foram relatados pelo piloto no plano de vôo divulgado pela Anac. O laudo da Aeronáutica sobre as causas do acidente aéreo será divulgado em 90 dias. A Polícia Civil também investiga o desastre.

Resgate
O trabalho de resgate dos corpos foi feito pelo Corpo de Bombeiros. As vítimas foram encontradas próximas a uma parte da cabine do avião. O perito da Polícia Civil, Paulo Ademar, especialista em acidente aeronáutico, esteve no local do desastre. Segundo ele, a polícia trabalha com duas situações prováveis sobre o acidente. A primeira é que o avião estava retornando devido a uma pane e a segunda que a aeronave realmente bateu já decolando, disse.
Para os investigadores, o depoimento do sargento da Polícia Militar, José Braz Salgado, que fica na guarita de transmissão da Centelha 1, antena de controle das Polícias Civil e Militar, na serra do Curral, será fundamental. Ele testemunhou a hora exata do desastre e contou que assim que ouviu o barulho do motor do avião notou que a aeronave pegava fogo. Em seguida, teria ocorrido o choque.
O monomotor Embraer 711, modelo Corisco, prefixo PT-VHQ, de propriedade da empresa de ônibus Transmoreira, estava documentação regular e apto a voar, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A aeronave foi fabricada em 1989 e era de uso particular da empresa.
Segundo a Anac, a documentação do piloto (certificado de habilitação técnica e da aeronave) e o certificado de aeronavegabilidade do avião estavam em dia. Um relatório com todos os dados técnicos do avião será encaminhado para Aeronáutica, em Brasília.
De acordo com o plano de vôo protocolado pelo piloto Paulo Sérgio Pagani Vieira Machado, na Anac, o avião partiu de Pará de Minas, no Centro-Oeste de Minas, e pousou no aeroporto da Pampulha pouco antes 8h. Às 8h44, a aeronave decolou em direção a Juiz de Fora, na Zona da Mata. Menos de 10 minutos depois, houve o acidente.
A assessoria de imprensa da Aeronáutica informou ontem que as causas do acidente serão apontadas por peritos do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes (Seripa3), uma das unidades do órgão, no Rio de Janeiro. Ainda ontem, de acordo com a assessoria da Aeronáutica, um perito do órgão chegou à capital mineira. O objetivo da investigação, segundo o órgão, é apontar as causas do desastre e não os responsáveis por ele. A Polícia Civil também investiga o acidente.

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