A lei que altera a composição da bandeira de Belo Horizonte, símbolo oficial capital mineira, foi promulgada nesta terça-feira (1º) pelo presidente da Câmara, vereador Gabriel Azevedo (Sem Partido). A ideia é representar na nova bandeira o nascer do sol por trás da Serra do Curral. Essa inspiração já estava presente no brasão oficial de Belo Horizonte.
Porém, para ser utilizada, a nova arte vai depender de referendo popular a ser realizado junto das eleições municipais de 2024, em outubro do próximo ano.
Pela proposta, o símbolo de Belo Horizonte será composto por um retângulo cortado na diagonal; a parte de baixo representará a Serra do Curral e é da cor verde. A diagonal superior será azul, representando o céu. No centro da bandeira a imagem de um sol igual ao utilizado no brasão do município, com apenas oito pontas aparecendo.
Antes a bandeira era formada apenas pelo brasão da cidade estampado sobre um retângulo branco. Dentro do brasão é possível ver as montanhas da capital com o sol surgindo atrás delas. No brasão há também a inscrição com o nome da cidade e a data de construção da nova capital mineira. Esses inscritos foram abandonados no novo modelo da bandeira, assim como o triângulo símbolo de Minas Gerais, que consta no brasão da capital, mas não foi utilizado no novo símbolo da cidade.
Projeto
Proposto pelos vereadores Cleiton Xavier (PMN) e Jorge Santos (Republicanos), a proposição prevê que o novo modelo de bandeira da capital tenha as cores verde, que representa a Serra do Curral, o azul, representando o céu, e um sol amarelo. O desenho foi criado pelo designer gráfico, Gabriel Figueiredo.
Segundo o vereador Cleiton Xavier, o objetivo com a criação de uma bandeira específica para Belo Horizonte é reforçar a identidade da cidade.
“O propósito de um brasão e um propósito de uma bandeira são coisas distintas. O projeto traz oficialmente a possibilidade de Belo Horizonte ter de fato uma bandeira que identifica um povo, que identifica uma nação, que identifica uma sociedade que tem traços simples diferente de um brasão”, pontuou o parlamentar que enfatizou que a proposta não irá onerar o cidadão.
“É um projeto que não tem custo nenhum para nós. O brasão de Belo Horizonte é ótimo. Ele deve continuar sendo usado pelo executivo de forma oficial. Ele não precisa ser alterado e muito menos substituído”, afirmou.
A Lei que altera a bandeira poderia ter sido sancionada pelo prefeito Fuad Noman (PSD), mas o prazo passou e coube ao presidente da Câmara, colocar a norma em prática.
Origem
A primeira proposta de símbolo para Belo Horizonte foi criada ainda durante a construção de Belo Horizonte e já trazia o sol por trás da Serra como inspiração para representar a capital. O desenho é atribuído ao arquiteto José de Magalhães, feito em 1895, e está disponível no acervo do museu Abílio Barreto.
A versão da bandeira de Belo Horizonte, que era utilizada até hoje, foi instituída em 1995, por autoria do então vereador João Leite (PSDB) e promulgada pelo prefeito da época, Patrus Ananias (PT).
Fonte: O Tempo
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