O presidente Jair Bolsonaro disse em Miami nessa segunda-feira (9) que o “poder destruidor” do coronavírus “está sendo superdimensionado”, “talvez (…) por questões econômicas”.

Bolsonaro abordou o tema ao discursar sobre a situação da economia brasileira em um evento organizado por pastores evangélicos em Miami:
“Os números vêm demonstrando que o Brasil começou a se arrumar em sua economia. Obviamente, os números de hoje têm a ver, a queda drástica da Bolsa de Valores do Brasil, no mundo todo, tem a ver com o preço do petróleo, que desabou, se eu não me engano, 30%.”

O presidente, então, citou o coronavírus, sem deixar claro se estava se referindo à situação econômica ou ao impacto à saúde:
“Tem a questão do coronavírus também que, no meu entender, está sendo superdimensionado o poder destruidor desse vírus. Então talvez esteja sendo potencializado até por questões econômicas”, afirmou, sem especificar.

Foi a primeira vez que Bolsonaro falou em público sobre a epidemia do coronavírus no mundo. Na sexta-feira, ele havia feito pronunciamento na TV dizendo não haver razão para pânico. Há 30 casos confirmados no Brasil, 25 dos quais confirmados pelo Ministério da Saúde e cinco pela Secretaria de Estado da Saúde do Rio de Janeiro.

Após divulgação dos dados do Ministério da Saúde, Rio de janeiro confirmou mais 5 casos. — Foto: Aparecido Gonçalves / G1

Mais cedo, o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou que a “ameaça de pandemia” pelo Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, é real.

“Agora que o novo coronavírus está presente em muitos países, a ameaça de uma pandemia tornou-se muito real”, declarou Tedros. “Mas seria a primeira pandemia da história que poderia ser controlada. O ponto principal é: não estamos à mercê deste vírus”, disse o dirigente.

Segundo o último boletim da entidade, 101 países, áreas ou territórios foram atingidos pelo Covid-19.

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