Brasileiros trabalharam até o dia 27 de maio de 2023 (último sábado) apenas para pagar tributos. Foram 147 dias, ou 4 meses e 27 dias. Em 2022, o tempo foi maior: 149 dias, ou 4 meses e 29 dias, dando em 29 de maio. Comparado à década de 1970, os brasileiros trabalham atualmente mais do dobro de dias para pagar impostos. O levantamento é do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O estudo mostra que o resulta de 2023, no entanto, é o menor desde 2007, há 16 anos, quando foram necessários 146 dias.

De acordo com o levantamento, a tributação sobre a renda, o patrimônio e o consumo representa 40,28% do rendimento médio do brasileiro, revelando uma carga tributária considerável no país.  No período compreendido entre maio de 2022 e abril de 2023, houve um evento importante que impactou os dias trabalhados para pagar tributos. Em 24 de junho de 2022, o Poder Executivo sancionou a Lei Complementar 194, que restringe a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo, impedindo a compensação desses valores pelos Estados. “Essa medida de desoneração foi a principal responsável pela redução de dois dias no número total de dias trabalhados para pagar tributos”, analisa o presidente executivo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação, João Eloi Olenike.

“Analisando a média de dias trabalhados por década, fica evidente o aumento significativo ao longo do tempo. Comparado com a década de 1970, os brasileiros trabalham mais do dobro de dias para pagar impostos”, comenta Olenike.

Confira ano a ano os dias que os brasileiros trabalharam só para pagar impostos:  

  • 1986: 82
  • 1987: 74
  • 1988: 73
  • 1989: 81
  • 1990: 109
  • 1991: 90
  • 1992: 93
  • 1993: 92
  • 1994: 104
  • 1995: 106
  •  1996: 100
  • 1997: 100
  • 1998: 107
  •  1999: 115
  • 2000: 121
  • 2001: 130
  • 2002: 133
  • 2003: 135
  • 2004: 138
  • 2005: 140
  • 2006: 145
  • 2007: 146
  • 2008: 148
  • 2009: 147
  • 2010: 148
  • 2011: 149
  • 2012: 150
  • 2013: 150
  • 2014: 151
  • 2015: 151
  • 2016: 153
  • 2017: 153
  • 2018: 153
  • 2019: 153
  • 2020: 151
  • 2021: 149
  • 2022: 149
  • 2023: 147

Fonte: O Tempo

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