A campanha da Semana Mundial da Amamentação (SMAM), iniciada em 1º de agosto, reforça a importância do apoio ao aleitamento materno como estratégia essencial para a construção de um ambiente mais sustentável e para a redução dos impactos ambientais causados pela alimentação artificial.
Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o leite materno é um alimento natural, renovável e seguro para o meio ambiente — não gera resíduos, dispensa cadeias industriais poluentes e ajuda a mitigar os impactos climáticos da produção de fórmulas infantis.
A Rede de Bancos de Leite Humano (RBLH), coordenada pela Fiocruz, é uma das maiores iniciativas globais em saúde pública. Atuando em projetos de cooperação técnica internacional, o modelo brasileiro desenvolvido no âmbito do SUS tornou-se referência em inovação social e equidade, contribuindo para a redução da mortalidade neonatal em diversas regiões do mundo.
Em 2024, os 234 bancos de leite humano e os 249 postos de coleta realizaram mais de 2,3 milhões de atendimentos às nutrizes. A rede contabilizou ainda 460,5 mil atendimentos em grupo e 281,3 mil visitas domiciliares, reforçando sua atuação no combate ao desmame precoce.
A campanha também valoriza a doação de leite humano como prática essencial para recém-nascidos internados em UTINs. No ano, foram coletados 245,8 mil litros de leite humano em todas as regiões do Brasil.
Para os bebês, os benefícios vão desde a redução de infecções respiratórias e gastrointestinais até menor risco de doenças metabólicas e cardíacas. Já para as mulheres, a prática auxilia na recuperação pós-parto e reduz a probabilidade de desenvolver câncer de mama, entre outras vantagens.
Com informações da Agência Brasil