Foi publicada postagem em rede social Instagram, com alusão ao fato do tenista sérvio Novak Djokovic ter tido negada a sua entrada na Austrália no dia 05.01, sendo detido por não ter apresentado comprovante de vacinação e, com isso, ficou impedido de participar de torneio de tênis no país: “O que estão fazendo com PESSOAS que se recusam a se submeter à ditadura do passaporte sanitário é um crime contra a humanidade”.

Os comentários na postagem por seus seguidores são fortes contra o passaporte e a vacinação: “Totalitarismo estampado na cara do mundo. A Liberdade em xeque no atual contexto mundial”; “Passou da hora de reagirmos contra essa insanidade”; “Absurdo! Coisa que deixaria a GESTAPO ruborizada”; “Foi assim que começou a mais triste história da humanidade contra os judeus”; “Passaporte sanitário é coisa de nazistas”; “Não tomei a vacina, não tomarei”; “Ditadura sanitária”; “O mundo enlouqueceu. Em pleno século XXI, pessoas sendo segregadas e humilhadas”; “Lamentável. Chegamos às raias da insanidade coletiva. Isso é preocupante”; “Tirania o que estão fazendo com os não picados”.

Um outro comentário chama a atenção: “Esse discurso antivacina vai dar a eleição para esquerda!”.

As pesquisas eleitorais no Brasil apontam uma vitória de Lula nas eleições presidenciais de 2022, porém, o resultado é imprevisível e decidido nas eleições, muita coisa vai acontecer. Portanto, não sabemos qual candidato será o vencedor.

É inacreditável a obstinação do presidente Bolsonaro contra a vacina e sua atitude reiterada de negar-se a capitalizar o êxito da campanha nacional de vacinação desde 2021, com índices superiores aos países que iniciaram a vacinação antes de nós (Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, etc.).

Essa postura antivacina gera descrédito, perda de votos, é um desrespeito com as pessoas que tiveram parentes e amigos mortos, suas falas retiram votos ganhos com suas ações populistas (aumento do benefício do Bolsa Família, atual Auxilio Brasil, anistia do crédito estudantil, etc.).

Bolsonaro atua de forma incoerente. Adquire vacinas, mas tem discursos retóricos contra as vacinas. Felizmente, apesar de suas falas, a grande maioria está voluntariamente sendo vacinada.

A vacinação é efetiva para a diminuição do número de internações e de mortes. Ainda é preciso continuar a adotar medidas preventivas, como uso de máscaras e gel e a exigência do passaporte de vacinas, pois a vacinação não garante imunidade total e ainda temos o aparecimento de novas variantes e um surto de gripe no país.

A exigência do passaporte da vacina é uma prática mundial, em nome da proteção do direito coletivo de proteção da saúde, e, com isso, os não vacinados estão reclamando de terem o seu “direito de ir e vir” cerceado, ficando impedidos de frequentarem ambientes fechados, de viajar, de praticar esportes coletivos, etc.

Pressionados pela exigência do passaporte da vacina, muitos, racionalmente, procuram se vacinar. Entretanto, uma minoria faz acenos distorcidos contra a vacinação e o passaporte.

Euler Antônio Vespúcio – advogado tributarista

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