Brasil Pacificado
Michel Temer conversou com Miriam Leitão, de O Globo e disse:
“O que eu quero é deixar a economia melhor, o Estado pacificado sem a divisão que encontrei. Meus 10 primeiros dias aqui foram terríveis”.
Sobre a mentira de que o impeachment representa um golpe, ele respondeu:
“Se alguém me perguntar, direi que o Brasil está pacificado juridicamente. Não há discussão jurídica. Que o Brasil passou por um período difícil de disputas políticas, mas a Constituição foi cumprida. E que, no afastamento da presidente, assumiu o vice-presidente porque, afinal, é este o seu papel. Não há uma crise institucional, e todo o processo, todo o rito, foi ditado pelo Supremo. Lembrarei que, no início do processo, Dilma foi a Nova York, eu assumi, ela voltou e reassumiu. Tudo como manda a Constituição. Isso direi, se alguém me perguntar”.
Ele reivindicou o que já fez no governo:
“Aprovamos a nova meta fiscal porque a que estava sendo proposta pela presidente Dilma era de um déficit de R$ 96 bilhões, mas o déficit real era de R$ 170 bi. Aprovamos a DRU, que estava parada há 10 meses, a lei das empresas públicas, que também estava parada. Fizemos a renegociação da dívida com os estados e aprovamos o teto para os gastos dos estados”.

Pelo Twitter, o ator Thiago Lacerda disse:
“Golpe é mentir, enganar, iludir. Golpe é ter dois tesoureiros do partido presos por corrupção e dizer que não sabe de nada!”
“Muitos artistas estão contra o impeachment, não por se importarem com o país, mas para não perderem a boquinha da Lei Rouanet”.

A saideira de Dilma
Dia 30 de agosto, noticiou-se o aumento do desemprego; dia 31, a queda do PIB. Dilma vai embora, mas deixou uma última lembrança para o Brasil.
O IBGE divulgou que, entre abril e junho, o PIB caiu 0,6%, em relação ao trimestre anterior — que já havia recuado 0,4%.

Hermana Dilma
Evo Morales prometeu retirar o embaixador boliviano do Brasil.
Ele disse que o impeachment é “um golpe parlamentar contra o governo democrático de Dilma”. Ele disse também que com o “processo injusto pretendem conter a rebelião do seu povo e expulsar os pobres, negros e mulheres do poder”.
Michel Temer é realmente um homem de sorte. Se tudo der certo, ele poderá romper relações com a Bolívia.

Reforma da Previdência em setembro
Elizeu Padilha disse ao Valor:
“Vamos reverter a tendência do aumento da dívida pública e do déficit da Previdência, mas teremos um tempo de transição”.
A reportagem informa que Michel Temer deve encaminhar ao Congresso Nacional seu projeto de reforma das aposentadorias em setembro, “para mostrar aos agentes financeiros que o governo está realmente comprometido com o ajuste fiscal”.
O rombo previdenciário é assustador: 150 bilhões de reais em 2016 e 200 bilhões de reais em 2017. O Brasil quebra sem a reforma da Previdência. Não há dúvida sobre isso.

Ronaldo Caiado responde a Lindbergh Farias:
“Canalhas são aqueles que roubaram a Petrobras, canalhas são aqueles que enriqueceram com dinheiro público, canalhas são aqueles que desviaram dinheiro para as suas campanhas eleitorais, canalhas são aqueles que deixaram 12 milhões de desempregados…”

Depois das votações:
Palavras de Romero Jucá
“Não houve acordo. Não se discute a cassação, que é o que importa. Cria um atrito político, mas quem quer saber se Dilma vai dar aula?”

O fim de Lewandowski
O impeachment não representou apenas o fim de Dilma Rousseff.
Ele foi também o último ato de Ricardo Lewandowski como presidente do STF.
A partir de 12 de setembro, teremos Cármen Lúcia no comando do tribunal e ela poderá corrigir a porcaria engendrada por Lula e Renan Calheiros para livrar Dilma Rousseff de Sérgio Moro.

Temer “contrariado”
Michel Temer e seus ministros “estão contrariados” com o acordo entre o PMDB do Senado e o PT, uma picaretagem costurada por Lula e Renan Calheiros.
O PSDB já avisou que não vai votar as Medidas Provisórias previstas.

Sobre a emenda
Eunício Oliveira, líder do PMDB diz: “Foi uma decisão multipartidária. Não houve acordo nem entendimento. Houve sentimento”.
Magno Malta garante: “Foi uma malandragem jurídica e complica o início do governo Temer. Continua a insegurança”.
Aécio Neves avisa que o partido deverá recorrer ao STF da decisão de manter os direitos políticos de Dilma Rousseff. “Saímos preocupados com essa decisão de setores do PMDB, que não nos dá segurança para a parceria”.
José Agripino: “Vai dar trabalho para rearrumar. Vai provocar pelo menos uma instabilidade circunstancial”.
Ana Amélia: “Deram uma boia para o Cunha. Eles vieram aqui, falaram tão mal do Cunha e o ajudaram em um conluio”.
Cássio Cunha Lima: “Fiquei surpreso com os destaques. Foi tudo feito na surdina, na calada da noite”.

Fátima e Gleisi gritam
Fátima Bezerra e Gleisi Hoffmann deram um grito de “golpistas” antes de deixarem o plenário.

Senado enterrou de vez a Ficha Limpa
A decisão do Senado, além de salvar Dilma e Eduardo Cunha, significa uma pá de cal na Lei da Ficha Limpa. Vai provocar uma avalanche de recursos de políticos condenados tentando reaver seus direitos políticos.

Resumo da ópera:
Ao tentar impedir que Dilma seja inabilitada para exercer funções públicas, o PT quer uma brecha para nomeá-la em alguma secretaria de governo petista para livrá-la de Sérgio Moro. É bem provável que a mineira retorne para sua terra.

Temer está fora do alcance da Lava Jato
“Empossado como presidente da República, após a conclusão do processo de impeachment de Dilma Rousseff, Michel Temer tornou-se oficialmente fora do alcance da Operação Lava Jato e de toda e qualquer investigação, nova ou já em andamento, que apure suspeita de seu envolvimento em infrações penais que eventualmente tenha praticado ou participado”.
Dilma Rousseff, por outro lado, teve de ser blindada por Lula e Renan Calheiros, porque acabaria sendo presa:
“Em seu pré-acordo de delação premiada, o empresário Marcelo Odebrecht afirmou a investigadores da Lava Jato ter conversado pessoalmente com Dilma para tratar do suposto pagamento de R$ 12 milhões, via caixa dois, à campanha presidencial de 2014, por meio de repasse ao marqueteiro João Santana – que responde a processo por corrupção na Petrobras”.

 

 

Fonte: O Antagonista||

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