O Conselho Estadual da Mulher de Minas Gerais (CEM), que comemorou 26 anos de criação em agosto, tem como objetivo implantar, até o final deste ano, mais 250 conselhos municipais de direitos da mulher em todo o Estado, para se juntarem aos 68 já existentes. Um deles é o de Formiga, que foi criado há 12 anos, entretanto, está desativado faz oito meses.
Criado por Hortência Nunes em 1997, o Conselho da Mulher foi coordenado por ela durante três gestões do governo municipal. ?No final do ano passado, entreguei a diretoria do Conselho da Mulher para o prefeito Aluísio Veloso. Infelizmente, ele está desativado e realmente o que não pode acontecer é deixar as mulheres formiguenses desassistidas referente à violência. No que fui informada, essa violência ainda não diminuiu?, explica Hortência Nunes.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Social, Luis Carlos Silva, o conselho está inativo por enquanto, mas há pessoas interessadas em assumir o órgão. ?A secretaria irá inaugurar um Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). Além de atender o Conselho da Mulher, irá abranger outras atividades, como o Conselho Tutelar e o Sentinela, voltado para a violência sexual?.
Luis Carlos conta que a Prefeitura está alugando outro imóvel, ao lado do asilo. ?Estamos acertando os últimos detalhes e a previsão é de que o centro funcione daqui a uns dois meses. Uma equipe técnica composta por psicóloga, assistente social e advogada estará disponível no local para dar uma atenção especial às pessoas?, comenta o secretário. ?A perspectiva é muito boa em relação ao centro, que será voltado para satisfazer às necessidades da população. Outro programa do governo a ser implantado no espaço será o ?Liberdade Assistida?, voltado para adolescentes que já tiveram problemas com a Justiça.?
Violência contra a mulher
Os números em relação à violência contra as mulheres em Formiga continuam altos. Segundo dados apurados na Delegacia Regional de Formiga, de janeiro a julho a média é de 50 Boletins de Ocorrência por mês. Geralmente de agosto em diante o número tende a aumentar devido a diversos fatores.
Segundo Hortência Nunes, existe uma luta para que Formiga tenha uma delegada da mulher e para se criar na cidade tanto uma casa de recuperação para mulheres quanto uma casa de abrigo, pois existem muitas adolescentes grávidas usuárias de drogas e mulheres vítimas de maus tratos que não têm para onde irem.

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