Janeiro chega ao fim com recorde de novos casos conhecidos de Covid-19 em Minas Gerais em um mês. O Estado contabilizou quase 490 mil confirmações da doença, mais que o dobro do que foi registrado no pico da pandemia de 2021, em março, quando foram aproximadamente 240 mil confirmações. 

A elevação ocorre em meio à disseminação da variante ômicron. Mais transmissível que as versões anteriores do coronavírus, ela corresponde a praticamente todas as amostras positivas de testes de Covid-19 do país. A expectativa de pesquisadores é que o pico da onda atual ocorra em fevereiro, com queda de casos em seguida. 

O número de óbitos por Covid-19 no Estado, entretanto, não aumenta na mesma escala das infecções confirmadas. Em janeiro, 655 mortes foram contabilizadas pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). Em março de 2021, foram 5.734 mortos pela doença e abril, que teve o maior volume desde o início da pandemia, registrou quase 9.000 óbitos. 

Há indícios de que, em geral, a variante ômicron resulte em quadros mais leves por não atacar o pulmão com tanta intensidade quanto as primeiras variantes. Cerca de 74% da população do Estado está vacinada com duas doses dos imunizantes, o que impede um crescimento mais expressivo de casos graves e de mortes. “Se tivéssemos este cenário de alta incidência um ano atrás, sem vacina, estaríamos vivenciando um período muito mais difícil”, afirmou o secretário estadual de Saúde, Fábio Baccheretti, em coletiva de imprensa neste mês. 

Hoje, uma a cada 1.000 pessoas com a doença necessita de internação em UTI, de acordo com o secretário. A ocupação de leitos de UTI do Sistema Único de Saúde (SUS) em Minas chega a quase 61% atualmente. Em Belo Horizonte, 84,4% dos leitos de UTI para Covid-19 estão ocupados, ao mesmo tempo em que profissionais da saúde reclamam da falta de mão de obra devido às infecções que se alastram entre colegas. 

Fonte: O Tempo

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