O Cruzeiro está muito perto de conquistar o bicampeonato mineiro. Para quem previa um jogo equilibrado, no primeiro duelo da final, neste domingo, no Mineirão, acertou só na etapa inicial. No segundo tempo, o time celeste foi muito superior, contou com o auxílio da defesa alvinegra e chegou à incrível goleada de 5 a 0. Os gols foram de Leonardo Silva (2), Kléber e Jonathan (2). Foi a repetição do placar de 2008, quando o Cruzeiro também abriu a série decisiva com goleada de 5 a 0, conquistando o título na segunda partida ao fazer 1 a 0. O time celeste pôs as duas mãos na taça. Poderá perder por até quatro gols de diferença no segundo e decisivo confronto, no próximo domingo, para conquistar o bi.
O Atlético terá que devolver a goleada com vantagem de cinco gols, para tirar o título do arquirrival e dar a volta olímpica no gramado. Antes, porém, o alvinegro se concentrará na Copa do Brasil, pois enfrentará o Vitória na próxima quarta-feira, em Salvador, na abertura do confronto pelas oitavas-de-final.
Com a expressiva goleada, o Cruzeiro conquistou a maior série invicta diante do Atlético, superando as temporadas de 1966 e 1968. O time celeste completou 11 jogos sem perder para o arquirrival, com dez triunfos e um empate. Além disso, acabou com a invencibilidade do Galo, que não saía derrotado há 13 partidas.
Equilíbrio no primeiro tempo
Com Werley na vaga de Marcos Rocha e quatro volantes, a proposta do Atlético era reforçar a marcação no meio-campo, setor onde o rival tem o seu ponto forte. O Cruzeiro, com Thiago Ribeiro ao lado de Kléber, apostava na velocidade, principalmente pelo lado direito, aproveitando os avanços do alvinegro Júnior.
O Cruzeiro partiu para cima nos primeiros minutos, enquanto o Atlético se resguardou e desde cedo deixou claro que buscaria os contragolpes. Diego Tardelli se posicionou do lado esquerdo da defesa cruzeirense, jogando em cima do improvisado Gérson Magrão. Mas a marcação do Galo estava muito atrás, chamando os celestes para o campo de ataque. No primeiro lance de destaque, Tardelli invadiu a área e caiu ao dividir com Leo Fortunato. A arbitragem nada marcou.
As chances não foram tão claras, em função da marcação forte dos dois lados. Aos 10, Leonardo Silva cabeceou e Juninho catou. Em seguida, Marcos perdeu a bola para Thiago Ribeiro, que passou a Kléber. O atacante chutou e Juninho voltou a trabalhar. Aos 14, Carlos Alberto recebeu de Tardelli e chutou mal, sem direção. O Galo voltou a ameaçar com Júnior, que chutou forte, mas Tardelli não alcançou.
Sem Éder Luís, Diego Tardelli ficou isolado na frente, sem ter com quem fazer as tabelas, dependendo das chegadas de Júnior e Carlos Alberto. Lopes tinha dificuldade para se movimentar e era facilmente anulado. Do lado cruzeirense, mesmo bem marcado, Kléber incomodou a defesa alvinegra. E Thiago Ribeiro chegava em velocidade pela direita.
A melhor oportunidade do Galo foi em cobrança de falta de Júnior, aos 38. Leandro Almeida subiu e cabeceou para o chão, a bola tocou na mão de Fábio e na trave direita. No minuto seguinte, o Cruzeiro chegou ao gol, em um contra-ataque pela direita. Rafael Miranda não alcançou a bola ao tentar fazer o corte, Wagner ajeitou para Kléber que pegou de bico. Na comemoração, o atacante provocou a torcida alvinegra e levou o cartão amarelo.

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