Com a chegada do outono e do inverno, os casos de doenças respiratórias em crianças aumentam bastante. No Hospital Infantil João Paulo II, em Belo Horizonte, as internações cresceram 40% entre março e maio. Só nesse período, foram em média 534 internações por mês. Os atendimentos no pronto-socorro também aumentaram: foram cerca de 4.700 por mês, um crescimento de 47%.

Segundo a pneumologista infantil Chalene Mezêncio, isso acontece porque, no frio, as pessoas ficam mais em ambientes fechados, com pouca ventilação, e os vírus se espalham com mais facilidade. Crianças pequenas, que ainda estão desenvolvendo a imunidade, são as mais afetadas — principalmente os bebês, que podem desenvolver bronquiolite, uma inflamação grave nos pulmões.

Quando procurar ajuda médica?

Nem toda febre é sinal de algo grave, mas alguns sintomas precisam de atenção imediata:

  • Febre que dura mais de três dias
  • Cansaço excessivo
  • Falta de apetite
  • Vômitos
  • Dificuldade para respirar (respiração rápida ou marcando as costelas)

Crianças com problemas respiratórios, como asma ou alergias, devem ter ainda mais cuidado.

A mãe de Bernardo, um menino de 1 ano e meio com uma doença rara no sistema imunológico, contou que ele já precisou ser internado na UTI por bronquiolite e pneumonia. “Quando o vi com esforço respiratório e saturação diminuindo, corri para o João Paulo II.”, contou a mãe, Letícia Buchacra.

Dicas para proteger as crianças

  • Deixe janelas abertas para ventilar a casa
  • Evite lugares fechados e cheios de gente
  • Mantenha a alimentação saudável
  • Vacine contra gripe e covid
  • Ofereça bastante água
  • Incentive brincadeiras ao ar livre
  • Atendimento reforçado

Para atender mais crianças nesse período, o Governo de Minas vai abrir 12 novos leitos semi-intensivos no Hospital João Paulo II. Também podem ser adicionados dois novos consultórios e mais médicos para os horários de maior movimento.

* Com informações da Agência Minas Gerais

 

Fonte: Izabella Gomes-Itatiaia

 

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