Nesta quarta-feira (26) é o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase, que é uma doença crônica, curável, muito antiga, cercada de mitos, estigmas e preconceitos. Muitos casos ainda são registrados no Brasil deixando-o em segundo lugar no mundo em número de casos.
A doença é causada por uma bactéria (Micobacterium leprae) transmitida pelas vias respiratórias e por gotículas de saliva, podendo manifestar-se em qualquer pessoa. A manifestação da doença depende muito do sistema imunológico do indivíduo que entra em contato com a bactéria. Más condições nutricionais, sociais e de higiene interferem na eficiência do sistema imunológico e favorece aparecimento da doença.
A bactéria ao penetrar no organismo pela via respiratória, cai na corrente sanguínea e aloja em áreas como lóbulo da orelha, joelho e cotovelos e pode também alojar em nervos periféricos e pele.
Os sintomas mais comuns são manchas que podem ser pardas, avermelhadas ou esbranquiçadas, às vezes pouco visíveis, semelhantes a lesões provocadas por micoses de praia. No entanto, as manchas da hanseníase têm características próprias provocadas pelo comprometimento da enervação local. A primeira característica, é a perda da sensibilidade local (não sente dor no local da mancha); a segunda, é a perda de pelos na região da mancha e a terceira é a ausência de transpiração, porque as glândulas sudoríparas param de funcionar normalmente devido a alteração que a bactéria causa no nervo.
Nas formas graves da doença há o comprometimento neural importante causando alteração da musculatura esquelética, principalmente nas mãos, pés, nódulos em várias partes do corpo, que podem deixar sequelas e limitações permanentes. Muitos pacientes que tiveram atendimento tardio ficaram com sequelas como deformidades nas mãos, feridas nos pés, problemas de visão, etc.
Existe tratamento e cura para hanseníase. O mais importante é o diagnóstico precoce para evitar complicações e a transmissão para outras pessoas. A partir do momento que a pessoa inicia o tratamento a transmissão já é interrompida. A Hanseníase pode ocorrer em qualquer idade, desde crianças até idosos.
O tratamento é oferecido no sistema público, pode durar de seis meses até dois anos; o tempo de tratamento será determinado pela forma da doença que a pessoa apresenta.
Então fique atento: em caso de manchas, dormências ou falta de sensibilidade em alguma parte do corpo, procure a unidade de saúde! O segredo é o diagnóstico precoce!
Fonte: Decom
divulgação Decom