A cidade de Divinópolis encontra-se em alerta devido a algumas regiões apontadas como “áreas com possível risco de contaminação” da febre maculosa. A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) revelou que, no período de 2012 a 2023, ou seja, em um período de 10 anos, foram confirmados 94 casos de febre maculosa na cidade, resultando em 43 internações e seis mortes.
A última ocorrência fatal dessa doença na cidade foi registrada em agosto de 2018, vitimando um homem de 63 anos. Em 2019, o carrapato-estrela foi novamente encontrado no Parque da Ilha, mas não houve registros de óbitos.
Em resposta às três mortes ocorridas em agosto de 2018, causadas pela febre maculosa, o Parque da Ilha foi interditado. Somente em janeiro de 2020 é que o parque foi reaberto, após uma série de medidas preventivas a serem implementadas. Em 2019, apesar de ter sido encontrado o carrapato-estrela novamente no Parque, não houve registros de mortes relacionadas à doença.
Durante o período de 10 anos analisado, as regiões que apresentaram o maior número de casos de febre maculosa foram os bairros Niterói, Padre Eustáquio, Centro, Sagrada Família, Ipiranga, Porto Velho, São José, São Luís, Belvedere e Catalão. Quanto à faixa etária mais atingida, foram os indivíduos entre 20 e 39 anos, com 27 casos, seguidos pelos grupos entre 10 e 19 anos, com 23 casos, e de 40 a 59 anos, com 20 casos. O ano de 2018 registrou o maior número de ocorrências, com 25 casos, seguido de 2023, que já contabiliza 16 casos até o momento.
A Semusa destaca que oito regiões da cidade estão sob constante monitoramento: o calçadão do Porto Velho, os campos do Bom Sucesso, Flamengo e Manoel Valinhas, o Estádio Farião, o Parque da Ilha, a região do Shopping (Bom Pastor) e a Rua Maria da Paz (Danilo Passos).
A Secretaria de Saúde alerta que a febre maculosa é transmitida pelo carrapato-estrela, cuja proliferação é mais comum em bovinos, equinos e, principalmente, na capivara, animal que habita as margens do Rio Itapecerica. Embora cães, aves domésticas, gambás e coelhos também possam carregar o carrapato, essa ocorrência é menos comum. É essencial que a população esteja ciente dos riscos e adote medidas de prevenção, como evitar áreas infestadas de carrapatos e utilizar repelentes adequados quando em ambientes propensos à presença desses parasitas.
Fonte: Sistema MPA