Um boletim divulgado pelo Ministério da Saúde aponta que o Brasil já teve 693 mortes causadas pela dengue nos primeiros oito meses de 2015. O número é 70% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. 

Os dados também colocam 2015 como o ano com maior número de óbitos provocados pela dengue desde 1990. O recorde anterior tinha ocorrido em 2013, quando o ministério contabilizou 674 mortes causadas pela doença em todo o ano. 

Entre janeiro e agosto, a região Sudeste concentrou 68,5% das mortes, enquanto o Estado campeão foi São Paulo, com 403 óbitos – 41% do total do país. Outros Estados com número expressivos são: Goiás (67), Ceará (50) e Minas Gerais (47). Apenas Acre, Roraima, Sergipe e Santa Catarina não registraram mortes. 

Segundo o ministério, os óbitos ocorreram em um maior número de municípios, e os casos foram na grande maioria confirmados em pacientes acima de 60 anos, com comorbidades e fatores de risco para complicação de dengue. 

Ao todo, o país já registrou 1,4 milhão notificações de casos de dengue, o que também corresponde a um aumento de 170% em relação ao mesmo período de 2014. O mesmo ocorreu com os casos da febre de chikungunya, também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, saltando de 3.657 para 12.170 – aumento de mais de 200%. 

O ministério afirmou que repassou verba adicional de R$ 150 milhões a todos os Estados e municípios brasileiros em janeiro, exclusivo para qualificação das ações de combate aos mosquitos transmissores da dengue e do chikungunya. O valor soma-se ao R$ 1,25 bilhão destinado a todas as ações de vigilância em saúde, inclusive da dengue. 

Na capital paulista, o prefeito Fernando Haddad (PT) sancionou na semana passada uma lei que autoriza o ingresso forçado de agentes de combate à dengue em imóveis particulares. A administração, no entanto, ainda deverá regulamentar a lei, para deixar mais claras as situações em que a medida será usada. 

No interior do Estado, algumas Prefeituras estão antecipando as campanhas de combate ao mosquito transmissor e deverão usar equipamentos mais sofisticados, como drones, para encontrar dos criadouros.

 

 

Redação do Jornal Nova Imprensa Hoje em Dia

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