Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso declara apoio a Lula no segundo turno das eleições

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) declarou nesta quarta-feira (5) o apoio ao também ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno da eleição, disputado contra Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.

“Neste segundo turno voto por uma história de luta pela democracia e inclusão social. Voto em Luiz Inácio Lula da Silva”, escreveu FHC em sua conta no Twitter.

A publicação é acompanhada de duas fotos de FHC com o petista, uma antiga, da época em que disputavam eleições um contra o outro, e uma atual, de quando se encontraram no ano passado.

Poucos minutos depois, também pelo Twitter, Lula respondeu: “Pela democracia e pela inclusão social. Obrigado pelo seu voto e confiança. O Brasil precisa de diálogo e de paz.”

Às vésperas do primeiro turno, Fernando Henrique divulgou nota recomendando o voto em quem defende “a democracia e o combate à pobreza e a desigualdade social”. Na ocasião, ele não citou o petista nominalmente. A candidata oficialmente apoiada pelo PSDB na primeira rodada do pleito era a senadora Simone Tebet (MDB).

A declaração de FHC ocorreu um dia após o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), anunciar apoio ao presidente Jair Bolsonaro. O acordo foi mal recebido pelo partido e criticado por tucanos históricos, como Aloysio Nunes. A legenda liberou os diretórios estaduais para apoiarem qualquer um dos candidatos à sucessão presidencial.

Armínio Fraga troca voto nulo por Lula
Na terça-feira (4), Armínio Fraga, presidente do Banco Central no governo FHC, que havia pensado em anular o voto no segundo turno eleitoral, como já havia feito em 2018, declarou o voto em Lula.

O sócio da Gávea Investimentos considera a margem de 6 milhões de votos entre Lula e Bolsonaro no primeiro turno ainda insuficiente para decidir a eleição.

“Vou declarar apoio a Lula. Pensei em anular para indicar pouca confiança nos dois finalistas, pensando nas oportunidades desperdiçadas pelo PT no poder. Não vejo uma margem suficiente e, como já disse, os riscos aumentaram”, disse Armínio ao Estadão Conteúdo.

Fonte: O Tempo