Na manhã deste sábado (12), na Feira Livre de Formiga, comerciantes se revoltaram com uma fiscalização realizada pela Vigilância Sanitária do município, com apoio da Polícia Militar. Durante a ação, diversos produtos comercializados por produtores rurais foram apreendidos.
Para obter mais informações, a redação do Últimas Notícias entrou em contato com um dos feirantes, que relatou o desgaste enfrentado pelos trabalhadores:
“De 2017 a 2022, investi cerca de R$ 80 mil em adequações exigidas pela Vigilância Sanitária. Fiz um cômodo todo azulejado, forrado, com lava-botas, cercado, com janela e porta. Mandaram arrancar a janela e colocar outra porta. Depois, pediram para tirar a porta e recolocar a janela. Decidi não mexer mais, pois eles mesmos não sabiam o que queriam. Nosso dinheiro é muito suado para ficar reformando e quebrando toda hora. Acordamos às 1h da manhã para preparar tudo para a feira, e acontece isso”, desabafou.
Ainda por meio de informações preliminares, uma das pessoas feirantes reforça que os produtores rurais se esforçam para se adequar ao que exigido, porém, há uma questão burocrática muito grande que inviabiliza a execução dessa normalidade exigida por eles, questões principalmente financeiras.
Na última quarta-feira (9), foi realizada uma reunião entre representantes da administração pública, vereadores e feirantes que comercializam carnes na feira. O encontro discutiu a proibição da venda de carnes por produtores que não atendem às exigências da Vigilância Sanitária Estadual.
Ainda não há confirmação se a ação realizada neste sábado (12) está relacionada à reunião ocorrida na última quarta.
Segundo informações preliminares repassadas ao Últimas Notícias, uma outra reunião foi realizada com o Executivo, que teria se comprometido a ajudar os feirantes. No entanto, de acordo com uma fonte, os trabalhadores estão sendo prejudicados pelas ações de fiscalização.
Em imagens divulgadas nas redes sociais, um comerciante expressa indignação com a operação e alega abuso de autoridade contra os produtores locais.
Vídeo: Reprodução/Redes Sociais
Alex/Redação UN