Um sonho de moleque. Assim o lateral Marcelinho resume o momento que está vivendo em seu começo de carreira. Revelado nas categorias de base do América, destaque na última Copa São Paulo, Marcelo Cristian da Silva sempre sonhou em ser um jogador de futebol. Porém, jamais passou por sua cabeça que o começo seria tão meteórico como está sendo.
Tranquilo, o lateral, natural de Formiga, que começou sua carreira no Vila Esporte Clube, disse após o treino de sábado (8), véspera do clássico contra o Cruzeiro, que acredita que a vontade de Deus sempre prevalece sobre todas as coisas. Por isso, sente-se seguro para enfrentar a missão que terá pela frente.
?Todo jogador espera por este momento. E estrear em um clássico não tem motivação maior. Eu só não esperava que fosse tão rápido assim. Mas graças a Deus está acontecendo. Sempre trabalhei muito por isso e o retorno está acontecendo rápido. Graças também ao professor Silas, que está tendo a confiança de me colocar jogando de cara no clássico. Espero agarrar essa oportunidade com tudo e, se Deus quiser, fazer uma boa partida?.
Quando era criança em sua cidade Marcelinho sempre ouvia falar de outro grande jogador daquela cidade, o volante Éder Lopes, que defendeu o rival Atlético e outros clubes. Depois, passou a ser amigo do ex-volante que, inclusive, se tornou uma espécie de conselheiro para ele. Agora, a situação se inverte, porque Marcelinho está prestes a se tornar o orgulho da cidade de Formiga.
?É um sonho de moleque, né! Sempre sonhei em jogar no Mineirão. E, agora, de cara, uma estreia no clássico. Sou da cidade do Éder Lopes e sempre pensei em ser igual a ele, que sempre foi para mim um espelho. Tenho bom convívio com ele. Ele sempre me liga para saber como estou. Dá um grande orgulho estar vivendo este momento, não só para a família, mas também para Formiga?.
O jovem atleta confessa que é impossível ficar imune à ansiedade. Mas encara com tranquilidade e segurança, especialmente pelo apoio de seus companheiros.
?Não tem como não ficar ansioso. Aquele friozinho na barriga tem que ter. Mas pelo fato de termos vários jogadores que estavam comigo na base, a adaptação está sendo muito tranquila. Sou um pouco tímido, fiquei mais quieto e depois fui me soltando aos poucos. Além disso, o grupo tem jogadores experientes que estão me dando muito força, como o Leandro Guerreiro, o Obina e outros?.
?Não tem coisa melhor do que ser orientado por um cara como o Silas, que foi da Seleção Brasileira e um grande jogador. Ele é um excelente profissional e tem me passado muita segurança. Temos o Elsinho no grupo, que volta a jogar nos próximos dias. Eu quero fazer sombra pra ele. Não vou deixá-lo se acomodar em momento algum, porque se ele der brecha eu entro no time para não sair mais?.

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