Um fotógrafo, de 34 anos, especializado em fotografia infantil, está preso de forma preventiva suspeito de produzir e armazenar pornografia infantil. Ele também teria abusado da enteada, de apenas 2 anos. A prisão ocorreu no dia 10 de outubro, em Bambuí, cidade de residência do suspeito.

As investigações tiveram início em agosto, quando o setor de inteligência da Divisão de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil identificou a circulação de conteúdos pornográficos envolvendo crianças. Após a identificação do suspeito e do local de residência dele, foram expedidos mandados de busca e apreensão.

Durante as investigações, a PC identificou, por comparação de fotos de redes sociais, que uma das vítimas era a enteada do suspeito. Diante disso, a instituição também pediu a prisão preventiva do homem, para proteção da criança. “Ele aparece abusando da enteada, o que se enquadra como estupro de vulnerável“, explica a delegada Marcelle Bacelar, delegada titular da 2ª Delegacia Especializada na Investigação de Crimes Cibernéticos.

O suspeito foi preso no estúdio de fotografias que ele possui em Bambuí. No momento da prisão, conforme os policiais, o fotógrafo ficou assustado e jogou o celular em um terreno ao lado do local, para tentar se livrar de possíveis provas. Além de celulares, foram apreendidos computadores celulares e cartões de memórias.

Foram encontradas mais de 70 fotos nos dispositivos. A Polícia Civil suspeita que o homem obteve esses conteúdos tanto por meio do trabalho quanto da dark web. “O crime de pedofilia geralmente envolve uma rede de autores. Eles compartilham fotos, vendem, distribuem. Normalmente, não é um crime de autoria única“, esclarece a delegada Marcelle Bacelar. A origem de cada foto ainda será investigada.

 

Não é a primeira vez

Durante as investigações, a Polícia Civil verificou que o fotógrafo já tinha cometido crimes contra crianças. Segundo a PC, o homem foi condenado a cinco anos de prisão por pedofilia em 2013. Ele deixou a cadeia após cumprir um ano e três meses da pena.

De acordo com a PC, o homem vai ser enquadrado no crime de possuir, adquirir ou armazenar fotografia, vídeo ou cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança. A pena é de um a quatro anos de prisão. A depender do resultado das investigações, o fotógrafo também pode ser enquadrado pelo crime de estupro de vulnerável, cuja pena varia entre 8 e 15 anos de prisão.

 

Pais devem acompanhar os filhos

A delegada Cristiana Angelini revela que, após a prisão do suspeito, várias mães de crianças que haviam tirado fotos com o fotógrafo procuraram a delegacia de Bambuí preocupadas com os filhos. Ela alerta para a importância de os pais sempre acompanharem os filhos para identificar qualquer possibilidade de abuso.

Conversem com os filhos. Levem a uma psicóloga, um especialista em acompanhamento de criança. A gente não tem como afirmar, ainda, se ele praticou ou não (abuso contra crianças que ele fotografou no trabalho). Mães e familiares das crianças que tiveram contato com ele, não entrem em pânico, conversem com os filhos, procurem uma ajuda e compareçam à delegacia“, recomenda.

 

Fonte: O Tempo

 

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