Um funcionário da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), de 27 anos, foi eletrocutado enquanto trabalhava em manutenção na subestação Pai Joaquim, na cidade de Santa Juliana, no Triângulo Mineiro. Segundo denúncia do Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais (Sindieletro MG), a morte do servidor ocorre em meio a uma série de acidentes registrados nos últimos meses.
O acidente aconteceu na última segunda-feira (3), quando o trabalhador executava um serviço programado na subestação da Cemig. Segundo informações do Sindieletro, o funcionário sofreu um choque elétrico de 13.800 volts. Ele foi socorrido pela própria equipe, mas morreu a caminho do hospital de Uberaba. O homem atuava em Uberaba há mais de 4 anos e atuava como técnico de manutenção e operação de estações.
Em vídeo enviado aos funcionários – o qual a reportagem de O TEMPO teve acesso – o presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho, lamenta o ocorrido e garante que o caso será investigado.
“É com muito pesar e com muita tristeza que gravo esse vídeo. Infelizmente tivemos uma ocorrência com vítima fatal no Triângulo Mineiro. Ainda estamos apurando as causas do acidente. Mas quero reiterar que o respeito à vida é um valor inegociável na Cemig“, diz em trecho do vídeo.
O coordenador do Sindieletro, Emerson Andrada, afirma, no entanto, que o acidente fatal ocorre em meio a uma escalada de acidentes elétricos com equipes de manutenção na empresa.
Em um dos casos, uma equipe realizava substituição de chaves de um banco de regulador, em Nova Lima, quando o trabalhador foi atingido por uma corrente elétrica. O servidor foi conduzido ao hospital com queimaduras de 1° e 2° graus no rosto e no pescoço. Ele foi atendido e liberado.
Outros acidentes são citados pelo representante do sindicato, que afirma que a empresa tem dificultado a participação da entidade na investigação dos casos. “A empresa deveria usar como exemplo para analisar e tomar providências para que outros acidentes não ocorram. Mas a empresa tem ocultado acidentes, dificultado a participação dos sindicatos em análises e tentado minimizar os eventos“, denuncia.
Além disso, Andrada critica a “desativação gradativa” da Univercemig em Sete Lagoas, responsável por fornecer treinamento em segurança do trabalho aos servidores. Segundo ele, o processo para fechamento da unidade foi iniciado em 2019.
Em nota, a Cemig confirmou a morte do funcionário na última segunda e garantiu que presta todo apoio à família da vítima. “Uma comissão interna foi formada para analisar as causas da ocorrência, a fim de evitar que novos acidentes ocorram no futuro“, diz o comunicado.
A Cemig negou ainda o fechamento gradativo da Univercemig e disse que a unidade oferece cursos nas modalidades presencial e à distância em diversas áreas. Além disso, a empresa ressalta que “todos os empregados da Cemig passam por treinamento focado em suas áreas de atuação“.
Fonte: O Tempo
Receba as publicações do Últimas Notícias em primeira mão no nosso grupo do WhatsApp:
https://chat.whatsapp.com/DoD79bcrBLZIqK6nRN2ZeA