Gastos do governo de Minas com pessoal dobram em 5 anos

Entre 2009 e 2014, o peso da folha de pagamentos do Executivo estadual passou de R$ 17,5 bilhões para R$ 34,7 bilhões

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Entre 2009 e 2014, o peso da folha de pagamentos do Executivo estadual passou de R$ 17,5 bilhões para R$ 34,7 bilhões

Os gastos do governo do Estado com pessoal praticamente dobraram nos últimos cinco anos, de acordo com dados retirados do Portal da Transparência. Entre 2009 e 2014, o peso da folha de pagamentos passou de R$ 17,5 bilhões para R$ 34,7 bilhões, incluindo ativos, inativos e contratados de Executivo, Legislativo, Judiciário e do Ministério Público de Minas Gerais.
A elevação dos gastos com pessoal não veio acompanhada do mesmo resultado de arrecadação. Entre 2009 e 2014, houve um aumento de 72,8% das receitas, passando de R$ 40,5 bilhões para R$ 70 bilhões.
Pesou muito na conta o aumento de 17,62% no ano passado, quando os gastos com a folha explodiram, passando de R$ 29,5 bilhões para R$ 34,7 bilhões. E como as economias brasileira e mineira, em especial, não tiveram bom desempenho, a conta ficou mais pesada. No ano passado, o Estado arrecadou 1,27% menos. Enquanto isso, puxada por essa elevação de 17,62% no pessoal, a despesa total cresceu 2,28%.
Ao longo de cinco anos, o que gerou o aumento foram as despesas com funcionalismo no Executivo. Em 2009, o Poder era responsável por 77% dos gastos nessa área. Agora, são 82%. E engana-se quem pensa que isso pode ser atribuído a melhorias salariais e ampliação nos quadros de setores-chave, como educação ou segurança pública. A educação, por exemplo, perdeu participação nos gastos com pessoal, saindo de 39% em 2009 para 37,89% no ano passado. Na Polícia Militar, o percentual se manteve praticamente o mesmo, na casa de 24,7% do total de gastos com pessoal.
Auditor na espera

O Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual de Minas Gerais (Sindifisco-MG) acusa o governo de Minas de manter trabalhando no gabinete da Secretaria de Fazenda, aguardando nomeação para cargo em comissão, o auditor fiscal Antônio Eduardo Macedo Leite, acusado de conceder irregularmente benefícios fiscais a uma empresa em débito com o Fisco no governo anterior. O benefício de R$ 7 milhões a uma firma de Contagem gerou uma ação do Ministério Público em 2013, e o auditor chegou a ter os bens bloqueados pela Justiça. O sindicato afirma que Antônio Eduardo estaria ?aguardando nomeação e trabalhando na revisão da legislação tributária, legislação essa da qual foi o grande mentor?.

Governo nega

Apesar da denúncia feita pelo Sindifisco, o governo de Minas rechaça a informação. A Secretaria de Estado de Fazenda limitou-se a dizer que Antônio Eduardo é funcionário de carreira do governo de Minas e recusou-se a comentar se ele estaria presente no gabinete do secretário José Afonso Bicalho. Já a Superintendência de Imprensa do governo, em nota afirma ?que o citado servidor ocupa função pública efetiva de auditor fiscal nos quadros da Secretaria de Estado de Fazenda (SEF). Além dessa função, ele não ocupa cargo comissionado, não participa de qualquer comissão na SEF, e nem sequer existe até o momento alguma comissão específica constituída para revisão da legislação tributária?.
Dois mil setecentos e nove processos já haviam dado entrada no Supremo Tribunal Federal (STF) desde o início do ano até terça-feira (27), de acordo com informações da Corte

No governo

Embora oficialmente o PSC se considere independente na esfera estadual, há ao menos um integrante do partido com cargo no governo. Trata-se de Diran Rodrigues de Souza Filho, presidente do diretório da legenda em Montes Claros. Ele foi nomeado chefe de gabinete de Tadeu Martins Leite, secretário de Desenvolvimento Regional.

Preparação comunista

Às vésperas da posse na Câmara dos Deputados e no Senado, o PCdoB realizará, na sexta-feira (30) o seminário denominado ?Novo projeto nacional de desenvolvimento?. O objetivo é tratar da atuação parlamentar dos membros do partido na próxima legislatura, que começa dois dias depois. Além dos antigos e novos parlamentares da legenda, estarão presentes dirigentes e quadros do partido no governo. A avaliação é que os ânimos no país não se acalmaram após o fim das eleições, o que torna o cenário especialmente complicado, sobretudo no Congresso.

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Sobre o autor

André Ribeiro

Designer do portal Últimas Notícias, especializado em ricas experiências de interação para a web. Tecnófilo por natureza e apaixonado por design gráfico. É graduado em Bacharelado em Sistemas de Informação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

Gastos do governo de Minas com pessoal dobram em 5 anos

Entre 2009 e 2014, o peso da folha de pagamentos do Executivo estadual passou de R$ 17,5 bilhões para R$ 34,7 bilhões.

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Entre 2009 e 2014, o peso da folha de pagamentos do Executivo estadual passou de R$ 17,5 bilhões para R$ 34,7 bilhões.

 

Os gastos do governo do Estado com pessoal praticamente dobraram nos últimos cinco anos, de acordo com dados retirados do Portal da Transparência. Entre 2009 e 2014, o peso da folha de pagamentos passou de R$ 17,5 bilhões para R$ 34,7 bilhões, incluindo ativos, inativos e contratados de Executivo, Legislativo, Judiciário e do Ministério Público de Minas Gerais.

A elevação dos gastos com pessoal não veio acompanhada do mesmo resultado de arrecadação. Entre 2009 e 2014, houve um aumento de 72,8% das receitas, passando de R$ 40,5 bilhões para R$ 70 bilhões.

Pesou muito na conta o aumento de 17,62% no ano passado, quando os gastos com a folha explodiram, passando de R$ 29,5 bilhões para R$ 34,7 bilhões. E como as economias brasileira e mineira, em especial, não tiveram bom desempenho, a conta ficou mais pesada. No ano passado, o Estado arrecadou 1,27% menos. Enquanto isso, puxada por essa elevação de 17,62% no pessoal, a despesa total cresceu 2,28%.

Ao longo de cinco anos, o que gerou o aumento foram as despesas com funcionalismo no Executivo. Em 2009, o Poder era responsável por 77% dos gastos nessa área. Agora, são 82%. E engana-se quem pensa que isso pode ser atribuído a melhorias salariais e ampliação nos quadros de setores-chave, como educação ou segurança pública. A educação, por exemplo, perdeu participação nos gastos com pessoal, saindo de 39% em 2009 para 37,89% no ano passado. Na Polícia Militar, o percentual se manteve praticamente o mesmo, na casa de 24,7% do total de gastos com pessoal.

 

Auditor na espera

O Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual de Minas Gerais (Sindifisco-MG) acusa o governo de Minas de manter trabalhando no gabinete da Secretaria de Fazenda, aguardando nomeação para cargo em comissão, o auditor fiscal Antônio Eduardo Macedo Leite, acusado de conceder irregularmente benefícios fiscais a uma empresa em débito com o Fisco no governo anterior. O benefício de R$ 7 milhões a uma firma de Contagem gerou uma ação do Ministério Público em 2013, e o auditor chegou a ter os bens bloqueados pela Justiça. O sindicato afirma que Antônio Eduardo estaria “aguardando nomeação e trabalhando na revisão da legislação tributária, legislação essa da qual foi o grande mentor”.

 

Governo nega

Apesar da denúncia feita pelo Sindifisco, o governo de Minas rechaça a informação. A Secretaria de Estado de Fazenda limitou-se a dizer que Antônio Eduardo é funcionário de carreira do governo de Minas e recusou-se a comentar se ele estaria presente no gabinete do secretário José Afonso Bicalho. Já a Superintendência de Imprensa do governo, em nota afirma “que o citado servidor ocupa função pública efetiva de auditor fiscal nos quadros da Secretaria de Estado de Fazenda (SEF). Além dessa função, ele não ocupa cargo comissionado, não participa de qualquer comissão na SEF, e nem sequer existe até o momento alguma comissão específica constituída para revisão da legislação tributária”.

Dois mil setecentos e nove processos já haviam dado entrada no Supremo Tribunal Federal (STF) desde o início do ano até terça-feira (27), de acordo com informações da Corte

 

No governo

Embora oficialmente o PSC se considere independente na esfera estadual, há ao menos um integrante do partido com cargo no governo. Trata-se de Diran Rodrigues de Souza Filho, presidente do diretório da legenda em Montes Claros. Ele foi nomeado chefe de gabinete de Tadeu Martins Leite, secretário de Desenvolvimento Regional.

 

Preparação comunista

Às vésperas da posse na Câmara dos Deputados e no Senado, o PCdoB realizará, na sexta-feira (30) o seminário denominado “Novo projeto nacional de desenvolvimento”. O objetivo é tratar da atuação parlamentar dos membros do partido na próxima legislatura, que começa dois dias depois. Além dos antigos e novos parlamentares da legenda, estarão presentes dirigentes e quadros do partido no governo. A avaliação é que os ânimos no país não se acalmaram após o fim das eleições, o que torna o cenário especialmente complicado, sobretudo no Congresso.

Redação do Jornal Nova Imprensa O Tempo

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Sobre o autor

André Ribeiro

Designer do portal Últimas Notícias, especializado em ricas experiências de interação para a web. Tecnófilo por natureza e apaixonado por design gráfico. É graduado em Bacharelado em Sistemas de Informação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.