O Governo federal pretende lançar, no mês que vem, um aplicativo para medir o tamanho real da fila de pacientes que aguardam cirurgias eletivas em todo o Brasil. Em entrevista à repórter Edilene Lopes, da Itatiaia, o secretário nacional de atenção especializada à saúde, Helvécio Magalhães, adiantou a informação e explicou que hoje muitos pacientes aparecem de forma duplicada em filas estaduais e municipais porque o sistema não é integrado.
“O número (de pacientes na fila) é muito projetado. Isso porque não existe, no Brasil, com exceção do Estado de Goiás, uma fila unificada”, disse o secretário. “Estamos desenvolvendo um aplicativo para unificarmos pelo CPF. Isso será ofertado, provavelmente, até o início de junho a todo o Brasil. Aí, sim, veremos o panorama real”, disse.
R$ 600 milhões para cirurgias eletivas
Dezessete estados e o Distrito Federal receberam recursos do Ministério da Saúde para reduzir a fila de espera por cirurgias no Sistema Único de Saúde (SUS). Lançado em fevereiro deste ano, o Programa Nacional de Redução das Filas iniciou os repasses em março.
O investimento total em 2023 será de R$ 600 milhões. Os primeiros recursos encaminhados — cerca de R$ 200 milhões, um terço do total — serão destinados a cirurgias eletivas. Os próximos repasses vão ocorrer ao longo do ano, conforme planejamento e demanda dos estados.
Investimentos para Minas
Em relação a Minas Gerais, o governo federal fez um repasse de R$ 60 milhões neste ano e o governo estadual investiu R$ 250 milhões. De acordo com o Helvécio Magalhães, as próximas levas de recursos da União contemplarão todas as eletivas que o Estado realizar.
“A gente fez um pacto com estados do município e alocamos R$ 600 milhões para todo o Brasil. Desses, Minas ficou com R$ 60 milhões. Um terço, ou seja, R$ 20 milhões, nós já enviamos ao estado”, pontuou.
O secretário destaca que a demanda é grande e que piorou com a pandemia da covid-19 e a falta e financiamento. “Nós pretendemos avançar sobre isso, reduzindo filas. Listas sempre existirão, porque não são cirurgias de urgência, mas não podem demorar meses ou anos”, disse.
Fonte: Itatiaia