O Ministério das Relações Exteriores emitiu nesse sábado (7), um alerta orientando que os brasileiros na Síria saiam imediatamente do país diante da escalada das tensões entre forças rebeldes e o presidente Bashar al-Assad.
Neste domingo (8), as facções capturaram a capital Damasco e derrubaram o governo sírio — o Ministério de Relações Exteriores da Rússia revelou que Assad fugiu do país. As tensões na Síria escalaram em novembro quando os militantes islâmicos do Hayat Tahrir al-Sham alcançaram e dominaram o noroeste do país.
O Brasil reagiu à progressão da guerra civil no país e disse monitorar ‘com preocupação a escalada de hostilidades na Síria’. A nota publicada pelo Palácio do Itamaraty nesse sábado indica a posição do Brasil em relação às tensões e pede uma solução política que respeite a ‘soberania e a integridade territorial do país’.
A declaração é importante porque Rússia e Estados Unidos têm elos com a guerra civil na Síria. Apesar disso, os dois países orientaram seus cidadãos a abandonar o território sírio. O ministério do Governo Lula (PT) também pediu que os brasileiros deixem o país. “O Itamaraty insta a todos os nacionais que se encontrem no país que busquem sair da Síria”, recomendou.
A guerra entre rebeldes, extremistas e as tropas de Bashar al-Assad se arrasta há 13 anos; as forças rebeldes receberam apoio dos Estados Unidos e de outros países interessados na exploração petrolífera, enquanto Assad foi apoiado pelo Irã e pela Rússia. A Turquia também esteve presente no conflito para impedir o avanço de milícias curdas.
O número de mortos na guerra é impreciso. Estima-se que mais de meio milhão de pessoas morreram no conflito, e 12 milhões foram forçadas a fugir.
Fonte: O Tempo