O governo do presidente Jair Bolsonaro publicou nesta quarta-feira (9) no “Diário Oficial da União” a relação de projetos considerados prioritários para aprovação no Congresso Nacional neste ano.

Assinada pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, a lista contempla 45 propostas, a maior parte em análise na Câmara e no Senado, que tratam, entre outros temas, de:

  • mudanças em impostos (ICMS sobre combustíveis);
  • alterações nas regras para posse e porte de armas de fogo;
  • alterações nas licenças ambientais;
  • autorização de mineração em terras indígenas.

A lista abrange também cinco propostas ainda em discussão no governo e que terão de ser enviadas ao Congresso.

  • Mineração em faixa de fronteira;
  • Retaguarda jurídica para policiais;
  • Definição de garantias mínimas para vítimas de crimes;
  • Integração do Proagro e do Prêmio Seguro Rural;
  • Ampliação do microcrédito no país.

Projetos

Saiba abaixo alguns dos projetos considerados prioritários pelo governo em 2022:

Em tramitação na Câmara:

  • Marco de Garantias (PL 4.188/2021);
  • Regulamentação do lobby (PL 4.391/2021);
  • Marco temporal de terras indígenas (PL 490/2007);
  • Fim da saída temporária de presos (PL 360/2021);
  • Porte de armas (PL 6.438/2019);
  • Torna pedofilia crime hediondo (PL 1.776/2015);
  • Mineração em Terras Indígenas (PL 191/2020);
  • Ensino domiciliar, conhecido como homeschooling (PL 2.401/2019);

Em tramitação no Senado:

  • Imposto sobre operações de bens e serviços (PEC 110/2019);
  • Imposto de Renda (PL 2.337/2021);
  • ICMS-Combustíveis (PLP 11/2020);
  • Licenciamento ambiental (PL 3.729/2004);
  • Armas de colecionadores (PL 3.723/2019);
  • Fim do auxílio-reclusão (PEC 3/201);
  • Redução maioridade penal (PEC 115/2015);
  • Regularização Fundiária (PLS 510/2021).

Combustíveis

O governo também incluiu na relação uma proposta que diz estar em “formulação” no Congresso, que autoriza a redução temporária de impostos sobre diesel em razão das “consequências socioeconômicas da pandemia”.

A disparada no preço dos combustíveis e do gás de cozinha fez com que, nas últimas semanas, integrantes do governo e parlamentares apresentassem ao menos duas propostas de Emenda à Constituição (PECs) sobre o tema.

Em comum, ambas driblam a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) ao permitir que impostos sejam reduzidos ou zerados sem medida de compensação — redução de alguma despesa ou aumento de outro imposto. O próprio Bolsonaro tem defendido publicamente essa redução sem compensação.

O colunista do g1 Valdo Cruz informou que dentro do próprio governo, porém, há pessoas contrárias à proposta. Isso porque, explica o colunista, a avaliação interna é que, ao abrir mão de arrecadação, o governo pode causar reação negativa no mercado financeiro.

Fonte: G1

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