Enquanto o mundo ainda enfrenta os efeitos provocados pela Covid-19, cientistas trabalham para entender o surgimento de um novo vírus, identificado no Estado de Kerala, na Índia. Trata-se de uma infecção que está ficando conhecida como gripe do tomate ou vírus do tomate. Até o momento, mais de 100 crianças já foram infectadas com a enfermidade.

Em artigo publicado pela conceituada revista científica The Lancet, há informação de que a infecção está em estado endêmico e, até o momento, não constitui risco à vida. Entretanto, os cientistas têm alertado para a necessidade de isolamento dos pacientes infectados, uma vez que a doença é muito contagiosa.

Surgimento da doença

No dia 6 de maio deste ano, houve o primeiro registro de um caso da gripe do tomate, identificada no distrito de Kollam, em Kerala, na Índia. Segundo a revista, 108 crianças com idades entre 1 e 9 anos foram infectadas até o momento, sendo que, destas, 82 têm menos de 5 anos.

O vírus se espalhou pelo Estado, e já há registro da enfermidade em Anchal, Aryankavu e Neduvathur. Em função da enfermidade, foi emitido alertas a dois estados vizinhos: Tamil Nadu e Karnataka.

Além dos locais, não há registro da doença no restante da Índia. Entretanto, medidas de precaução, como isolamento dos infectados, estão sendo tomadas para evitar o espalhamento da doença.

Sintomas

Alguns dos sintomas são semelhantes aos da Covid-19 e com a varíola do macaco. No entanto, não há qualquer relação da doença com os vírus do Sars- CoV-2 e monkeypox. A doença, inclusive, recebeu esse nome porque devido à erupção de bolhas vermelhas e doloridas na pele, que podem aumentar gradualmente até atingir o tamanho de um tomate. Veja todos os sintomas registrados até o momento:

  • Erupções na pele
  • Febre
  • Fadiga
  • Dores no corpo
  • Náuseas
  • Vômitos
  • Desidratação
  • Inchaço das articulações

Causas

Segundo os cientistas, a gripe do tomate pode ser desencadeada após um paciente contrair chikungunya ou dengue e não por meio de infecção viral. Além disso, o vírus pode ser uma nova variante da doença da mão, pé e boca, comum entre crianças com idades entre 1 e 5 anos e adultos imunocomprometidos.

As chances da doença podem aumentar à medida que crianças tenham contato com superfícies sujas, através do toque ou colocando diferentes objetos na boca.

Tratamento e prevenção

O tratamento para a doença inclui isolamento, repouso, ingestão de bastante líquido, além de aplicar esponja de água quente nos locais onde há dor e irritação. Para tratar sintomas como febre e dor no corpo, os médicos têm receitado paracetamol. O isolamento dura deve ser seguido por um período entre 5 e 7 dias.

A prevenção inclui a manutenção da higiene e limpeza adequada de ambientes comuns às crianças. As autoridades sanitárias têm alertado para a contenção da doença e possível espalhamento entre adultos, o que poderia aumentar os riscos de agravamento da enfermidade.

Fonte: O Tempo

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