Desde 2008, a hipotermia induzida apresenta bons resultados em testes clínicos. A partir de 2009, a terapia começou a ser utilizada nos EUA para tratar pacientes adultos que sofreram paradas cardíacas e foi adotada pela Associação de Hospitais de Nova York (HANYS na sigla em inglês) como procedimento padrão obrigatório.
Para que a medida pudesse ser implementada, a Associação estudou as evidências científicas sobre o método e estimulou os serviços de emergência a equiparem suas unidades para utilizá-lo. Os trabalhos científicos sobre o tema foram publicados na revista The New England Journal of Medicine.
Agora, hospitais de São Paulo estão fazendo uso da técnica de hipotermia terapêutica, que resfria o corpo em até 5°C para diminuir o risco de sequelas em vítimas de paradas cardíacas que perdem a consciência. A cada dez pacientes levados à hipotermia com o método no Hospital Municipal Doutor Moysés Deutsch, no M´Boi Mirim, pelo menos oito recuperaram os sentidos. Quando o procedimento não foi utilizado, de 60% a 90% das vítimas morreram. Dos sobreviventes não tratados, 80% tiveram sequelas.
O procedimento consiste na aplicação de bolsas de gelo no corpo do paciente e, em alguns casos, injeção de soro gelado. Já aplicado na Austrália, Nova Zelândia, EUA e Inglaterra e reconhecido pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, pode se tornar orientação mundial em outubro, quando será discutido em uma reunião da Sociedade Internacional de Cardiologia.

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