Um homem foi preso suspeito de ter ‘colado’ durante exame de legislação em Belo Horizonte. De acordo com a polícia, ele foi flagrado com equipamento eletrônico de comunicação escondido junto ao corpo e teria recebido ajuda do dono de uma autoescola com sede em Bonfim, cidade da região Central de Minas. A empresa nega a participação.

A prisão ocorreu na quinta-feira (4) no Posto UAI da Praça Sete, no centro da capital. O suspeito, de 60 anos, teria tentado fraudar o exame de legislação do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG).

De acordo com o Boletim de Ocorrência, o homem se comunicava com outra pessoa durante a prova utilizando o equipamento que levava junto ao corpo. Um aplicador do exame desconfiou e acionou a polícia. O candidato foi preso em flagrante e acabou confessando.

De acordo com o B.O., o autor estava com o equipamento completo de comunicação numa camiseta debaixo de uma blusa e um ponto dentro do ouvido.

Em depoimento à polícia, o homem não foi aprovado em exame anterior e o dono da autoescola teria oferecido uma “ajuda”, repassando as respostas por meio de equipamentos eletrônicos. Para isso, teria cobrado R$ 3,5 mil.

O exame foi marcado para quinta-feira. O candidato foi de Bonfim a BH no carro da própria autoescola, acompanhado por uma funcionária que, antes da prova, levou o candidato até um homem que colocou os equipamentos de comunicação no corpo dele.

Quando faltavam apena três questões para o término, o candidato foi abordado por um aplicador da prova, que percebeu um material debaixo da blusa do suspeito, na altura do peito. E ouviu o áudio que saía do ponto no ouvido do candidato.

Ele e a funcionária da autoescola foram presos. E os equipamentos de comunicação utilizados na fraude e o carro da autoescola, apreendidos.

Por nota, o advogado da autoescola negou qualquer relação com a fraude. “A versão narrada pelo acusado, na qual atribui responsabilidade da empresa, não deve ser validada, posto que não condiz com a realidade dos fatos, não tendo a autoescola qualquer conhecimento ou participação na suposta fraude investigada“.

Os advogados reforçaram que a autoescola atua há anos no mercado de formação de condutores e que está à disposição das autoridades no que for necessário às investigações.

Em nota, o Detran-MG informou que um processo administrativo será instaurado para apurar o envolvimento do proprietário do Centro de Formação de Condutores (CFC), assim como da instrutora citada no registro da ocorrência.

Se constatada a irregularidade, o Detran-MG adotará as sanções administrativas, que podem acarretar no descredenciamento dos funcionários envolvidos e também da empresa. No âmbito criminal, a fraude será apurada pela Polícia Civil de Minas Gerais.

 

Fonte: Hoje em Dia

 

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