A direita política brasileira tem manifestado crescente preocupação com a possibilidade de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicar até seis ministros ao Supremo Tribunal Federal (STF) até 2030. Desde que assumiu o terceiro mandato, em 2023, Lula já nomeou dois ministros e se prepara para uma terceira indicação nos próximos dias.

As primeiras nomeações feitas por Lula foram de Cristiano Zanin, que substituiu Ricardo Lewandowski, e de Flávio Dino, que entrou no lugar de Rosa Weber. Agora, o presidente escolherá o sucessor de Luís Roberto Barroso, que decidiu antecipar sua saída do STF — originalmente prevista para 2033 — ampliando as oportunidades de nomeação no atual mandato.

Inicialmente, esperava-se que Lula fizesse apenas duas indicações ao Supremo. Com a saída antecipada de Barroso, o número subiu para três. No entanto, a projeção de mais três aposentadorias obrigatórias até 2030 — Luiz Fux, em 2028; Cármen Lúcia, em 2029; e Gilmar Mendes, em 2030 — pode abrir caminho para um total de seis indicações, caso Lula seja reeleito ou o sucessor seja do mesmo grupo político.

Essa possibilidade tem gerado forte mobilização nos bastidores da direita. “Existe a preocupação com o fiscal e o financeiro do Brasil como um todo, mas ter indicado seis ministros, de um total de onze, é um fato que nos tem feito pensar”, afirmou à coluna uma autoridade da direita em São Paulo.

A preocupação também foi reforçada por um aliado próximo do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas: “Não podemos deixar Lula ganhar de jeito nenhum. Seis ministros é muita coisa”.

As articulações políticas em torno das eleições de 2026 já começaram. Tarcísio de Freitas aparece como principal nome da direita para enfrentar Lula, embora haja cautela quanto à sua candidatura nacional. “Acho que Tarcísio será levado a sair do Palácio dos Bandeirantes de qualquer jeito” e “Tarcísio vai ter que sair à presidência mesmo, não vai ter como”, afirmaram pessoas próximas ao governador.

Sobre a relação com o STF, aliados do governador afirmam que ele está “muito arrependido” de ter chamado o ministro Alexandre de Moraes de “tirano” durante manifestações no 7 de setembro. Segundo interlocutores, a declaração foi fruto de um “momento de euforia”, e Tarcísio estaria tentando preservar sua imagem de figura moderada e conciliadora — especialmente por sua até então boa relação com a Corte.

Com informações da Jovem Pan

 

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